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Parentes denunciam sumiço de pertences de vítimas do acidente do vôo 1907

7/8/2007


Vôo 1907

Parentes denunciam sumiço de pertences de vítimas do acidente

A diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Vôo 1907, Luciana Siqueira, confirmou ontem à Agência Brasil que parte dos parentes das 154 pessoas que morreram a bordo do Boeing 737-800 da Gol, em setembro de 2006, reclamaram do sumiço de documentos e objetos pessoais das vítimas.

Segundo Siqueira, desde o acidente os parentes pediam que a Aeronáutica tomasse providências a fim de impedir que os pertences pessoais caíssem nas mãos de estranhos. Ela diz que, na época, a associação preferiu não denunciar publicamente o fato por considerar que ainda não havia indícios suficientes de furto dos objetos. Ouvidos, os órgãos envolvidos na busca e a empresa negaram ter responsabilidade pelo problema.

No mês passado, no entanto, um falsário usou documentos de uma das vítimas para comprar um carro de cerca de R$ 20 mil numa concessionária de Brasília. "Decidimos que precisávamos colocar isso na imprensa para que alguma autoridade se responsabilize e tome uma posição", diz a diretora.

Ela conta ter estranhado que objetos de estimação de seu irmão, Plínio Luiz de Siqueira Júnior, 38 anos, não tenham sido encontrados com o corpo. Segundo Luciana Siqueira, seu irmão usava uma corrente de ouro com um crucifixo desde os 15 anos. "Foi um presente da nossa mãe e ele não a tirava nunca, até porque ela era difícil de tirar. Ele também usava relógio e nada foi devolvido. Somente uma camiseta, um short e um par de sapatos".

Apesar de vários órgãos terem participado da busca, guarda e entrega dos bens, a entidade cobra uma resposta da Aeronáutica. "Na época do acidente, quem nos garantiu estar responsável pelos corpos e pelo local foi a Aeronáutica", diz a diretora. "Então, gostaríamos de uma resposta dela sobre o que foi violado. Não nos importamos com o valor material dos bens, mas sim com a preocupação, desumana, de terem violado um corpo que já tinha sofrido um grave acidente."

A cobrança, no entanto, não é uma acusação, de acordo com ela: "Ainda não podemos acusar ninguém. Estamos aguardando que alguém se manifeste, mas gostaríamos que fosse feita uma inspeção para definir as responsabilidades".

Luciana Siqueira também conta que, em 28 de maio deste ano, a associação entregou ao ministro da Justiça, Tarso Genro, uma carta relatando as suspeitas. "Ele ficou de averiguar os fatos, mas ainda não recebemos nenhuma resposta", diz.

Procurado, o ministério não deu retorno à reportagem.

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Fonte: Radiobras
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