O PG Advogados, um ecossistema jurídico com sede em São Paulo, lança o PG Lab - Laboratório de Inovação & IA, um ambiente de experimentação colaborativa para o desenvolvimento de soluções tecnológicas específicas para o setor jurídico.
De acordo com Ellen Gonçalves, CEO do escritório, o laboratório é uma sandbox cuja missão é reunir agentes do setor, como departamentos jurídicos de empresas, escritórios de advocacia e lawtechs, para debater, cocriar e experimentar as melhores práticas que possam impulsionar o crescimento do mercado e garantir soluções seguras e eficientes às empresas.
"O mercado jurídico brasileiro está passando por uma transformação profunda, e a tecnologia, em especial a adoção de soluções de IA, tem sido o principal motor dessa mudança. Acreditamos que antecipar tendências é essencial para entregar o futuro no presente, e o PG Lab foi criado com esse propósito: Desenvolver soluções que otimizem nossas operações de forma segura e ética, equilibrando interações humanas, evolução tecnológica e relações institucionais. Somos mentes curiosas, conectadas com nossos clientes, oferecendo análises preditivas e soluções multidisciplinares para economia, gestão de riscos e estratégia processual", explicou Ellen Gonçalves.
A atuação do laboratório é focada em três pilares: Desenvolver soluções de IA, fomentar a análise de dados e treinar os profissionais, potencializando uma cultura de experimentação e colaboração. "Esse espaço é importante porque podemos realizar testes das soluções criadas em um ambiente controlado, onde medimos os impactos e os riscos antes de implementá-las no dia a dia da operação", diz Gustavo Maganha, gestor de inovação e responsável pelo PG Lab.
O primeiro resultado foi a economia de 500 mil minutos em tarefas operacionais de advogados e assistentes jurídicos com a adoção de uma ferramenta própria, criada para automatizar tarefas administrativas através da API da Open AI. De acordo com Maganha, a ferramenta permite a adoção de novas ações estratégicas e novas atuações dentro do time de prática jurídica e Legal Ops.
A agenda inicial do PG Lab também inclui treinamentos sobre IA, transformação digital e design de soluções, além de workshops gratuitos sobre eficiência jurídica e uso de dados para a tomada de decisões. De acordo com o gestor, já foram desenvolvidos mais de 30 agentes de IA atuando em tarefas administrativas repetitivas em ambiente de homologação e produção, já tendo processado mais de 50 mil documentos jurídicos. "Essa atuação visa otimizar operações internas e tornar-se referência para outros players, além de trazer uma eficiência operacional exponencial", explicou.
Um dos produtos mais aguardados é o Roadmap de Inovação & IA, um plano estratégico que busca integrar as necessidades dos departamentos jurídicos com as melhores práticas do mercado. O roadmap será atualizado periodicamente e estará disponível para todos os participantes do ecossistema jurídico, segundo Maganha.
Relações Governamentais
O laboratório também apresenta uma atuação específica para as relações governamentais, seguindo a premissa da colaboração. A primeira atuação nesse sentido foi a participação na audiência pública do CNJ, realizada entre os dias 25 e 27/9, em São Paulo, sobre a regulamentação do uso de IA no Poder Judiciário. "Em parceria com a equipe de Direito Digital, o PG LAB promoveu debates sobre os impactos da IA no Judiciário, onde oferecemos sugestões de melhorias nas diretrizes de ética, transparência e governança", explica Maganha. A audiência pública visou discutir a atualização da resolução 332, de 21/8/20, que define as diretrizes de ética, transparência e governança no uso de IA no Judiciário.
O PG Advogados tem mais de 200 colaboradores e abrangência nacional, com mais de 49 escritórios parceiros e mais de 5 mil cidades atendidas.