Migalhas Quentes

Buser deve indenizar quatro passageiros por mudança em horário de viagem

Decisão considerou que houve falha na prestação de serviço pela empresa.

26/9/2024

Buser terá de pagar R$ 20 mil por danos morais a quatro passageiros que esperaram 10 horas por outro ônibus após a antecipação do horário da viagem. 

A decisão foi proferida pela juíza leiga Maria Clara de Melo Masci Valadão Cardoso, homologada pelo juiz André Ladeira da Rocha Leão, ambos da 16ª JD de Belo Horizonte/MG, que constataram que a empresa falhou na prestação de serviço. 

Passageiros serão indenizados pela Buser por mudança em horário de viagem.(Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Consta nos autos que quatro pessoas adquiriram passagens de ônibus de Vila Velha para Belo Horizonte por meio da plataforma da Buser. No entanto, a empresa alterou unilateralmente o horário de embarque, o que resultou na perda da viagem pelos passageiros.

Mesmo comparecendo no horário estipulado pela ré após a alteração, o ônibus partiu mais cedo, forçando os autores a aguardarem mais de 10 horas para serem reacomodados em outra viagem. 

A Buser alegou que os autores não chegaram ao local com antecedência suficiente, mas o juiz entendeu que a responsabilidade pela falha era da empresa, uma vez que a alteração do horário já havia prejudicado os autores. 

Ao avaliar a ação, a magistrada Maria Clara observou que houve falha na prestação de serviços, mediante os prejuízos experimentados pelos autores.

"A requerida já havia alterado o horário da partida unilateralmente, prejudicando a programação dos autores e impondo-lhes dificuldades e até mesmo impedimento para que comparecessem ao novo horário estipulado." 

A decisão reconheceu que o ocorrido "lhes causou transtornos e enorme desassossego". 

"Tenho que tal fato excedeu a um mero aborrecimento do dia a dia, de modo que, a meu sentir, estão presentes os requisitos ensejadores da reparação por dano moral."

Dessa forma, a Buser foi condenada a pagar R$ 5 mil a cada um dos quatro autores da ação.

Ao final, a decisão foi homologada pelo juiz de Direito André.

O escritório Roberta Azevedo | Advocacia atua pelos passageiros.

Leia a decisão.

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