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CNJ implementa modelo-padrão de ementas para decisões judiciais

A iniciativa busca tornar as ementas mais objetivas e acessíveis, promovendo a clareza e a eficiência na comunicação das decisões.

14/8/2024

A Justiça brasileira passa a contar com um modelo-padrão de ementa a ser utilizado nos acórdãos emitidos pelos tribunais do país. A iniciativa visa criar uma estrutura objetiva que facilite a compreensão rápida e clara dos principais pontos e fundamentos das decisões judiciais, beneficiando as partes envolvidas, a comunidade jurídica e a população em geral.

A recomendação, aprovada nesta terça-feira, 13, durante a 9ª sessão ordinária do CNJ, foi elaborada em conjunto pela presidência e pela corregedoria. “Não é raro que as ementas sejam excessivamente extensas e usem uma linguagem pouco acessível, o que dificulta a compreensão das decisões e compromete o cumprimento do Pacto do Judiciário pela Linguagem Simples”, afirmou o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ e do STF.

CNJ lança modelo-padrão para ementas a ser usado em decisões judiciais.(Imagem: Gil Ferreira/Agência CNJ)

A ementa, que é a parte do acórdão dos tribunais que resume a decisão tomada, deverá seguir um padrão que inclua cinco elementos essenciais: um cabeçalho sucinto; um resumo do caso analisado; uma identificação clara das questões em discussão; a solução proposta; e o dispositivo ou tese, que sintetiza a conclusão do julgamento. Por fim, a ementa deve listar a legislação e a jurisprudência pertinentes.

Além de melhorar a compreensão das decisões judiciais, a padronização também favorece a aplicação da jurisprudência e o funcionamento do sistema de precedentes, conforme estabelecido pelo CPC.

Outro benefício da uniformização é a otimização do processamento e análise das informações dos acórdãos por sistemas de Inteligência Artificial, que ajudam na recuperação rápida e precisa de dados relevantes.

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