A juíza Mary Marlowe Sommer rejeitou definitivamente, nesta sexta-feira, 12, o processo de homicídio culposo contra o ator Alec Baldwin, por tiro fatal que matou a diretora de fotografia Halyna Hutchins no set do filme Rust, em 2021. A juíza concluiu que os promotores ocultaram evidências críticas que poderiam ter impacto significativo no caso.
A juíza Sommer afirmou que "não há como o tribunal corrigir esse erro" e que a única solução viável era a rejeição do caso. A decisão foi tomada após os advogados de Baldwin alegarem que munições reais, que poderiam ser essenciais para a defesa, foram mantidas em segredo pelas autoridades.
Baldwin, de 66 anos, chorou enquanto a decisão era anunciada. Caso condenado, o ator poderia enfrentar até 18 meses de prisão.
O incidente ocorreu em 21 de outubro de 2021, no Bonanza Creek Ranch, no Condado de Santa Fé, durante a preparação de uma cena. O revólver que Baldwin segurava disparou acidentalmente, resultando na morte de Hutchins, 42, e ferimentos no diretor Joel Souza.
Os advogados de Baldwin argumentaram que o gabinete do xerife do condado de Santa Fé havia tomado posse de munição real, mas não a registrou oficialmente nem informou a defesa sobre sua existência.
A promotora especial Kari Morrissey, no entanto, insistiu que a munição não estava relacionada ao caso e que não foi escondida intencionalmente da equipe de Baldwin.
Após a decisão, Morrissey expressou sua decepção, mas respeitou a decisão judicial, afirmando que acreditava que a importância das evidências foi mal interpretada pela defesa.
O caminho até o julgamento de Baldwin foi marcado por várias reviravoltas, incluindo a retirada inicial das acusações em abril de 2023 e a posterior reabertura do caso em janeiro deste ano.
No entanto, com a decisão recente, o ator foi definitivamente exonerado das acusações de homicídio culposo.