Embora haja mais de 36 mil pretendentes à adoção, 4,7 mil crianças ainda não encontraram um lar. A conta não fecha porque a grande maioria dos acolhidos tem mais de 8 anos, enquanto aqueles que estão na fila para adotar desejam crianças mais novas.
Para ampliar as chances de adoção de jovens, a chamada adoção tardia, e dar visibilidade ao tema, o TJ/SP conta com o programa Adote um Boa-Noite. Lançado em 2017 (vencedor do Prêmio Innovare/2018), seu objetivo é estimular a adoção de crianças e adolescentes com mais de 8 anos e/ou com alguma deficiência, perfil com poucos interessados.
O site do Adote um Boa-Noite divulga fotos, vídeos e relatos dos acolhidos. A ideia é apresentar seus gostos, passatempos favoritos, sonhos e mostrá-los como sujeitos de direitos, parte integrante da sociedade.
No site, há formulário que permite o contato direto do interessado com a Vara da Infância que acompanha o jovem acolhido. "O pretendente não precisa estar no cadastro nacional de adoção para o primeiro contato. Se o interesse na adoção persistir, ele passa pelas habilitações necessárias, que são rápidas e levam cerca de 3 meses", explica a juíza Mônica Gonzaga Arnoni, coordenadora do programa.
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Dados
Após o lançamento do programa, em outubro de 2017, foram concluídas, por meio dele, 60 adoções. Estão em andamento 29 processos de adoção, em estágio de convivência ou guarda provisória. Hoje, há 74 crianças e adolescentes cadastrados.