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Dia das Mães: Advogado dá dicas para não cair em golpes online

Especialista em Direito Digital ensina como se proteger das principais fraudes em datas comemorativas.

7/5/2024

Com a proximidade do Dia das Mães, uma das principais datas comerciais do ano, muitos consumidores buscam encontrar o presente ideal. Com a comodidade e a ampla variedade de opções oferecidas pela internet, é natural que muitos optem por realizar suas compras online. No entanto, é importante ressaltar que as transações virtuais demandam extrema atenção, pois a falta de familiaridade com esse ambiente pode aumentar significativamente o risco de cair em golpes e fraudes.

De acordo com o advogado, Francisco Gomes Júnior, do escritório OGF Advogados, muitos truques são utilizados pelos golpistas para enganar os consumidores. “Um ponto a se destacar é que muitas pessoas que sofrem golpes não tomam nenhuma providência e ficam no prejuízo, achando que denunciar não dá resultados” afirma.

Segundo o especialista, um estudo recente, conduzido em parceria com as empresas AllowMe, iCarros Itaú, OLX, Unico, Who e Zoop, revelou uma estatística alarmante: de janeiro a setembro de 2023, foram registrados aproximadamente 80 mil casos de golpes relacionados à compra e venda online de uma variedade de produtos, incluindo celulares, roupas, itens para casa e eletrônicos. Isso equivale a uma média de 9 mil golpes por mês, demonstrando a extensão do problema.

Frente a esse cenário, o advogado afirma ser fundamental exercer cautela ao realizar transações pela internet, especialmente em datas comemorativas como o Dia das Mães, período em que os riscos de fraudes e golpes aumentam exponencialmente. “É muito importante estar atento a todos os detalhes. Nossos dados têm cada vez um valor maior no mercado”, alerta o especialista.

Especialista elenca cuidados para não cair em golpes durante as compras online.(Imagem: Freepik)

Para evitar cair em fraudes e aproveitar o Dia das Mães sem problemas, Francisco Gomes Júnior, destaca os principais cuidados neste período. Confira:

Roubo de dados

O especialista ressalta que um dos golpes mais comuns, é induzir as vítimas dos criminosos cibernéticos a clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS e até WhatsApp. A partir disso, conseguem instalar softwares maliciosos nos dispositivos das vítimas, permitindo o acesso aos seus dados bancários e pessoais. “Evite clicar em links suspeitos e sempre certifique-se de que está lidando com uma fonte segura. Caso você clique em um link e perceba atividades suspeitas em sua conta, é fundamental registrar um boletim de ocorrência e contatar a central do seu banco usando outro dispositivo”.

Preços baixos

Outro golpe comum em datas comemorativas são as ofertas com preços muito abaixo do normal. “Desconfie se um produto é vendido por metade ou muito abaixo do preço de mercado. Na grande maioria das vezes você não receberá nenhum produto. Pesquise antes de comprar se o vendedor é confiável ou se já tem queixas contra ele”, complementa o advogado.

Transações online

Para pagamentos online mais seguros, adote práticas cautelosas. Ao realizar compras pela internet, prefira o uso de cartões virtuais, que podem ser gerados exclusivamente para cada transação por meio do aplicativo bancário. “Isso evita que dados do seu cartão sejam capturados por criminosos para uso indevido” ressalta o especialista em Direito Digital.

No caso de pagamentos via pix, o advogado alerta se certificar ao realizar a transação dentro do ambiente da loja virtual. Assim que receber o código QR Code do varejista, verifique atentamente todos os detalhes do pagamento e confirme se a loja é legítima antes de efetuar a transferência. Já em pagamentos por boleto, confira cuidadosamente a empresa beneficiária listada no aplicativo ou site do banco durante o pagamento. Se o nome não corresponder à marca ou empresa da compra, evite concluir a transação.

"É importante lembrar que a segurança online é fundamental para garantir uma experiência de compra tranquila e evitar transtornos. Portanto, todo cuidado é pouco, fique sempre alerta”, finaliza.

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