Migalhas Quentes

CCJ do Senado aprova perdão de dívidas de empresas pelo não pagamento da CSLL

O texto também permite o parcelamento dos débitos gerados entre 2017 e 2022.

26/4/2024

A CCJ do Senado aprovou na quarta-feira, 24, o PL 596/23, que extingue débitos da CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido anteriores a 2017 questionados na Justiça e com sentença final favorável ao contribuinte emitida até 2007. O texto também permite o parcelamento dos débitos gerados entre 2017 e 2022.

A proposta do senador Hamilton Mourão recebeu relatório favorável do senador Sergio Moro. A matéria segue para a CAE - Comissão de Assuntos Econômicos.

A CSLL foi criada em 1988, e desde então, muitas empresas recorreram à Justiça para questionar a constitucionalidade do tributo. Várias dessas ações receberam sentença final da Justiça, com vitória para os contribuintes.

Em 2007, o STF julgou a contribuição constitucional e obrigatória. Entretanto, com fundamento no princípio da “coisa julgada”, empresas que haviam sido beneficiadas por sentenças favoráveis antes de 2007 não retomaram o recolhimento da contribuição.

Em 2016, o STF reconheceu que a decisão de 2007 tinha repercussão geral e afetava inclusive as empresas que contavam com decisão transitada em julgado favorável ao não pagamento do tributo. Em 2016, a Corte reafirmou a decisão.

O PL 596/2023 prevê o perdão das dívidas geradas. O texto extingue o valor principal, juros, multas, encargos e honorários advocatícios de “todos os débitos (dessas empresas) com a Fazenda Nacional”.

Comissão aprova perdão de dívidas de empresas pelo não pagamento da CSLL.(Imagem: Freepik)

Parcelamento

No substitutivo, Sergio Moro confirma o perdão das dívidas tributárias até 31/12/16, incluindo juros de mora, encargos legais e demais acréscimos previstos na legislação, lançados ou em cobrança.

Para os débitos relativos ao período de 1/1/17 a 31/12/22, são criadas condições extraordinárias de pagamento e parcelamento, utilizando sistemática inspirada na lei 13.496/17, que criou o Pert - Programa Especial de Regularização Tributária.

O substitutivo dá prazo até 31 de maio deste ano para que as empresas afetadas optem por uma das cinco opções de parcelamento previstas para pagar os tributos não recolhidos entre 2017 e 2022:

O relator reconhece que poucas empresas foram afetadas pelas decisões do STF. Para ele “o impacto nessas empresas, boa parte delas de grandes empregadores, afeta sobremaneira a segurança no emprego”.

Informações: Agência Senado

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

STJ: ICMS compõe base de cálculo do IRPJ e do CSLL em lucro presumido

10/5/2023
Migalhas Quentes

STJ decide que incidem IR e CSLL sobre correção monetária de aplicação

9/3/2023
Migalhas Quentes

STJ: É legítima tributação sobre rendimentos de aplicações financeiras

11/5/2021

Notícias Mais Lidas

"Vale-peru"? TJ/MT fixa R$ 10 mil de auxílio-alimentação em dezembro

19/12/2024

Bosch é condenada a pagar R$ 1,7 mi por fraude em perícias judiciais

19/12/2024

PEC que limita supersalários de servidores é aprovada pelo Congresso

20/12/2024

MP/BA investiga Claudia Leitte por retirar "Iemanjá" de música

19/12/2024

TRF-1: Técnico previdenciário pode ter OAB se impedido contra Fazenda

20/12/2024

Artigos Mais Lidos

Afinal, quando serão pagos os precatórios Federais em 2025?

19/12/2024

Decisão importante do TST sobre a responsabilidade de sócios em S.A. de capital fechado

20/12/2024

Planejamento sucessório e holding patrimonial: Cláusulas restritivas societárias

20/12/2024

As perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2025

20/12/2024

A sua empresa monitora todos os gatilhos e lança as informações dos processos trabalhistas no eSocial?

20/12/2024