Dentro de suas metas ESG, a Lee, Brock, Camargo Advogados (LBCA) doou ao Colégio Vicentino de Cegos Padre Chico - a mais antiga organização filantrópica para deficientes visuais do Estado de São Paulo, fundada no Ipiranga em 1928 – 45 exemplares do livro infantil "Um Alerta na Floresta", na versão braille para estudantes cegos, na versão ampliada (Corpo 24) para os de baixa visão e na versão completa para alunos sem deficiências, atendendo todos os estudantes do 4º ano do ensino fundamental da instituição de ensino.
O Comitê de Diversidade e Inclusão da LBCA que visitou o colégio foi composto por Daniele Gobi de Azevedo, presidente do Comitê e sócia; Getlaine Alves, sócia; Simone de Almeida Costa Patara, advogada, e Santamaria Silveira, jornalista e gerente de conteúdo do escritório. Elas visitaram as dependências da instituição centenária e interagiram com alunos cegos e de baixa visão do 4º ano, que contaram sobre sua rotina, os sonhos futuros, mostraram os livros (volumosos) em que estudam e como operam as "máquinas de braile".
O livro, de autoria de Santamaria Silveira e ilustrado por Cecílio, faz parte de uma série de ecobooks do escritório e conta a história da Cutia, Paca e Boitatá que viveram uma grande aventura para vencer o fogo ilegal na floresta, o desmatamento e a perda da biodiversidade. Para a autora, a ideia do livro é sensibilizar as crianças, aguçar sua percepção de que o ser humano pode tirar recursos da natureza, sem destruir, deve proteger e cuidar. "O texto tenta fazer de forma lúdica a conexão entre o estudante e o meio ambiente e explicar que não estamos separados, mas dependemos um do outro. As crianças já sabem qual é o caminho porque amam os animais, as florestas, os rios e os oceanos. Na história, os animais-personagens expõem empatia, união e defesa da sustentabilidade", diz Silveira.
O Colégio Vicentino de Cegos Padre Chico possui atualmente 10 salas de aulas, atendendo da Educação Infantil até o Fundamental 2. Possui todas as suas atividades adaptadas aos estudantes cegos, com baixa visão, sem deficiências ou ainda com outros comprometimentos de aprendizagem. Segundo a professora de Língua Portuguesa, Luciana Ruiz, muitas famílias escolhem o Colégio porque seus filhos passam por histórias de insucesso escolar, passando de ano sem terem conhecido o Sistema Braille, por exemplo, fundamental para a alfabetização. O Colégio é mantido unicamente com doações de pessoas jurídicas e físicas e dirigida pela Companhia das Filhas de Caridade de São Vicente de Paulo desde a sua fundação. Nas salas, as crianças utilizam máquinas Perkins Brailler para produzirem o sistema de escrita. Elas recebem café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde e livros, tudo gratuitamente e, no período da tarde, há atividades como balé, teclado, piano e Orientação e Mobilidade, nas quais os alunos aprendem a se locomover pela cidade, andar em transporte público de forma autônoma.