Homenagem
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O Amigo Dejalma de Campos
Dejalma de Campos, o amigo de sempre, sábio, simples e sempre alegre, jamais se perturbava com os problemas que atormentam o ser humano, no seu dia a dia, porque ele os resolvia, com muita facilidade. Encontrava solução para tudo. Para ele não havia questão intrincada.
Dejalma de Campos, o jurista, o tributarista, o advogado, o escritor, tinha sempre uma palavra de consolo, amizade e sabedoria.
Dejalma de Campos era incansável na sua luta pelo Direito e pela Justiça. Sempre buscava o que fazer.
Dejalma de Campos esculpiu indelevelmente sua presença, com distinção, como escritor, advogado, professor universitário, promovendo louvável e frenética agitação no cenário jurídico nacional e incentivando a pesquisa científica com discussões e reflexões temáticas, que desaguaram na descoberta de novos talentos e produção de notáveis trabalhos.
Dejalma de Campos proclamava, em suas aulas, que ensinar e exercer o ofício de advogado exigem sacrifício e vocação. E era o que sabia fazer, com galhardia.
Em 9 de novembro de 1987, há 20 anos, com um punhado de tributaristas, fundava a Academia Brasileira de Direito Tributário, dando assim início a um trabalho profícuo que se prolongaria pelo tempo e tornar-se-ia o núcleo de estudos e fértil laboratório da ciência jurídico-tributária.
No ano de 2003, Edvaldo Brito e Roberto Rosas, a Academia Brasileira de Direito Tributário e os editores Emílio Ribeiro Lima e Dario Alves, reuniram 30 autores, amigos e admiradores de Dejalma de Campos, e compuseram a obra DIMENSÃO JURÍDICA DO TRIBUTO, em homenagem ao confrade que no último quarto de século conseguiu congregar estudiosos em torno de temas inéditos e desafiantes, divulgando ensinamentos e contribuindo para o desenvolvimento do Direito Tributário.
De norte a sul, de leste a oeste, lá estava Dejalma de Campos, a lecionar, a distribuir seus conhecimentos entre estudantes e professores, nas mais remotas cidades e escolas de direito. Pontificou em tudo que fez. Deixou obras imorredouras. Escreveu ensaios. Escreveu para revistas, jornais e para a Internet, até sua partida, em 2 de junho de 2007, para o outro plano. Nunca esmoreceu um momento sequer.
Quando falava, todos o escutavam. Viam nele o jovem professor a ministrar suas aulas, com alegria juvenil. Jamais fugia aos compromissos. Não se furtava de seus companheiros e, nos congressos e seminários, estava sempre a declinar seu lugar em favor dos mais jovens, incentivando-os e injetando-lhes a vontade de estudar. Seus discípulos e admiradores pontilham por toda a parte.
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