Na última semana, a advogada Brenda Oliveira e seu cliente foram assassinados logo após deixarem a delegacia de Santo Antônio, no Rio Grande do Norte. O crime ocorreu a cerca de 600 metros da delegacia, onde foram alvejados por múltiplos disparos.
Diante desse trágico acontecimento, que infelizmente não é um caso isolado e pode se repetir no futuro, é crucial refletirmos sobre as medidas de segurança que os advogados criminalistas podem adotar para reduzir os riscos inerentes ao exercício da profissão. Sheyner Asfóra, presidente da Abracrim Nacional - Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas, compartilha algumas orientações importantes.
1. Ao ser contatado, é fundamental buscar obter o máximo de informações possível sobre o caso em questão.
2. Agende a primeira reunião em seu escritório ou em um local seguro, evitando encontros em locais desconhecidos ou suspeitos.
3. Ao cumprir um alvará de soltura, evite oferecer carona ao seu cliente, optando por manter uma distância profissional.
4. Evite compartilhar sua localização em tempo real nas redes sociais, pois isso pode expô-lo a situações de perigo.
5. Mantenha a calma e evite se envolver em discussões acaloradas com clientes ou ex-clientes, buscando sempre resolver conflitos de forma pacífica e profissional.
6. Conheça profundamente toda a legislação e as prerrogativas da advocacia, especialmente o Estatuto da Advocacia, que regula os direitos e deveres dos advogados.
Bônus
Asfóra enfatiza que o advogado que atua na área criminal deve estar plenamente familiarizado com a legislação vigente e, principalmente, com o Estatuto da Advocacia, que delineia suas prerrogativas profissionais.
"Quando temos conhecimento, nos sentimos mais confiantes e conscientes de nossos limites. O advogado criminalista não defende o criminoso nem o crime, mas sim os direitos daqueles que são acusados de cometer um delito. Portanto, ao dominar o Estatuto e o Código de Ética e Disciplina, o advogado se torna mais seguro em sua atuação profissional."
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