Após estabilização de decisão no STF quanto ao pagamento de precatórios, haverá melhora no mercado desses ativos.
É assim que Bruna Marengoni, sócia e advogada do BTG, enxerga o futuro próximo, que se dará após encerramento do julgamento das ADIns 7.047 e 7.064, no STF, que, atualmente, aguardam voto vista do ministro André Mendonça.
Em entrevista à TV Migalhas, durante a 24ª Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, Bruna afirmou que ocorrida a estabilização do julgamento, deve-se aguardar a abertura de verbas pelo Congresso, então, o pagamento dos precatórios não será imediato.
Porém, a advogada acredita que haverá melhora no mercado de precatórios e de negociação desses ativos, pois, atualmente, o que mais impacta é a incerteza.
Ela afirma que com os marcos das ECs 113 e 114, que instituíram um subteto, não se sabia quando o precatório seria pago, e quanto maior a incerteza maior o deságio. Assim, ela prevê que a decisão do STF trará certezas.
“Muita gente acha que você ter precatórios pagos, entre aspas, em dia, afasta o mercado, mas isso sempre vai ser, ou deveria ser, refletido em preço justo”.
Bruna conclui prevendo que a plataforma de compra de precatórios do BTG será ajustada assim que estabilizada a decisão do STF e que isso trará mais gente interessada a antecipá-los.
O evento
Belo Horizonte é palco, novamente, após 33 anos, do maior evento jurídico do mundo - a Conferência Nacional da Advocacia Brasileira. Com o tema “Constituição, Democracia e Liberdades”, o evento, que acontece a cada três anos, terá programação variada, composta por 50 painéis e duas conferências magnas, totalizando quase 400 palestrantes nacionais e internacionais.