Sorteio de obra
Atenção! Migalhas teve a honra de sortear cinco exemplares do livro sobre a Exposição "Clarice Lispector – A hora da estrela" doados pelo
Museu da Língua Portuguesa - São Paulo/SP. Confira abaixo os vencedores.-
Adriane Fortes Souza Jales, da Unimed Inconfidentes, Mariana/MG.
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Doriane de Lima Queiroz, do escritório Toledo Piza Advogados Assoiados, Caruaru/PE.
- Cristiane Matumoto, da REDETV!.
- José Augusto Dias de Oliveira, Ibirubá/RS.
- Rosenir Moura da Silva, do escritório Pinheiro Neto Advogados, São Paulo/SP.
Clarice Lispector – A hora da estrela no Museu da Língua Portuguesa
Clarice Lispector fez uma declaração de amor ao idioma em seu livro A descoberta do mundo. Toda a obra da escritora foi baseada na busca pela palavra de significado preciso, a frase que traduzisse com exatidão a complexidade da experiência humana. Em outra das crônicas reunidas no livro, ela define:
"Não, não estou falando em procurar escrever bem: isso vem por si mesmo. Estou falando em procurar em si próprio a nebulosa que aos poucos se condensa, aos poucos se concretiza, aos poucos sobe à tona – até vir como um parto a primeira palavra que a exprima".
Assim, nada mais justo que o Museu da Língua Portuguesa, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, do Governo do Estado de São Paulo, e gerida pelo Instituto Brasil Leitor, escolhesse a autora nascida na Ucrânia, mas criada em Pernambuco e no Rio de Janeiro, para o tema da mostra que marca um ano de sua inauguração.
A exposição foi construída a partir do texto de Clarice. "É nas frases atordoantes – relâmpagos que subitamente iluminam o leitor – que a escritora revela o olhar agudo e, muitas vezes, perplexo com que examina a vida cotidiana", explica Antônio Carlos Sartini, superintendente-executivo do Museu da Língua Portuguesa.
Com curadoria de Júlia Peregrino e Ferreira Gullar e cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara, a exposição pretende revelar um pouco da alma e da obra da autora, que continua a ocupar, mesmo após três décadas de ausência, um lugar único na literatura brasileira. "Não é exagero afirmar que, ainda hoje, a leitura de seu livro de estréia – Perto do Coração Selvagem (lançado em 1943) – continua a revelar uma autora capaz de iluminar, intrigar e surpreender o leitor pela linguagem única e pela investigação sobre a condição humana", opina Antônio Carlos Sartini.
Na mostra, o espectador percorrerá espaços que apresentam um apanhado da vida e da obra de Clarice Lispector. "O objetivo é oferecer ao espectador uma introdução à riqueza do universo de Clarice. Quem conhece, irá desfrutar; quem não conhece, esperamos, será instigado a conhecer, ser um novo leitor de Clarice", explica a curadora Júlia Peregrino. "O espaço expositivo levará o visitante a uma viagem pela obra de Clarice Lispector, em um ambiente lúdico e que deverá ser explorado e descoberto", completa Sartini.
Logo na entrada, o público vai encontrar imagens ampliadas do rosto de Clarice Lispector impressas em filó preto, que revelam aos que se aproximam frases da escritora. Neste espaço, as pessoas poderão entrar na cabeça daquela que, na opinião do poeta Ferreira Gullar, "tentou dizer o indizível sabendo que não poderia fazê-lo".
Em outro ambiente, o visitante chega ao ambiente das questões cotidianas, tão presentes na obra de Clarice. A cenografia – um cômodo mobiliado com uma cama simples – remete à obra A paixão segundo G.H., que se passa dentro de um pequeno quarto de empregada. Outro espaço apresenta as identidades, interesses e momentos de vida de Clarice Lispector. Nele, estão referências aos seus pseudônimos, a maternidade, a vida como esposa de diplomata e sua paixão pelos bichos.
Durante a mostra, serão realizadas atividades educativas dirigidas aos alunos de segundo grau. Assim, espera-se, novas gerações irão descobrir uma autora que até hoje oferece uma atualíssima reflexão sobre o indivíduo e suas relações com seus semelhantes.
Sobre Clarice Lispector:
JC: "Clarice, por que você escreve?
CL: Vou responder com outra pergunta: por que você bebe água?
JC: Por que bebo água? Porque tenho sede.
CL: Quer dizer que você bebe água para não morrer? Pois eu também: escrevo para me manter viva!".
O diálogo demonstra o que o ato de escrever significava para Clarice: um ato vital, um ato natural, do qual ela não podia fugir.
Nascida na Ucrânia, em 10 de dezembro de 1920, Clarice veio para o Brasil com pouco mais de um ano.
Autora de 26 livros, traduzida em 15 línguas, a autora de A paixão segundo G.H. e Água viva influenciou a sua própria geração e as que vieram – o que não impediu que tivesse de fazer traduções e escrever crônicas e colunas femininas para ganhar a vida.
Clarice faleceu no Rio de Janeiro, em 1977, no dia 9 de dezembro, um dia antes de seu aniversário. Mas a sua atualidade é comprovada pelas contínuas reedições de seus livros e as muitas adaptações de seus textos para o cinema, o teatro e outros meios expressivos.
Sobre o Museu da Língua Portuguesa:
Com aproximadamente 4 mil metros
Durante seu primeiro ano, o Museu recebeu 580 mil visitantes.
Museu da Língua Portuguesa
Serviço:
Endereço:
Praça da Luz, s/nº, Centro
São Paulo – SP
CEP: 01120-010
Contatos:
Telefone: (11) 3326-0775
E-mail: museu@museudalinguaportuguesa.org.br
Site: (clique aqui)
Horários
Bilheteria: de terça a domingo, das 10 às 17hs
Museu: de terça a domingo, das 10 às 18hs (não abre às segundas-feiras)
Ingresso: R$ 4,00 (quatro reais) – pagamento somente em dinheiro
Estudantes com carteirinha pagam meia-entrada
Isentos do pagamento de ingresso:
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Professores da rede pública com holerite e carteira de identidade;
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Crianças até 10 anos;
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Adultos a partir de 60 anos.
Não há venda antecipada de ingresso
Aos sábados a visitação ao Museu é gratuita.
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