Hoje, usamos rosa. E não sem motivo: é nesta quinta-feira, 20, a estreia de Barbie, de Greta Gerwig, que promete ser uma das grandes bilheterias do ano.
Mas o fenômeno não é só nos cinemas, está por toda parte. Basta buscar o nome da boneca no Google para um balde pink ser jogado à sua tela.
E, e você acha que é coisa de criança, se engana: o filme não é infantil, sendo vedado para menores de 12 anos.
Foi este o motivo do primeiro entrave do longa no Brasil: o Conar deu uma liminar para barrar a exibição do trailer em sessões abertas a menores de 12 anos.
A decisão do órgão se deu porque nenhum anúncio publicitário pode, entre outros pontos, desmerecer valores sociais positivos, como amizade, urbanidade, honestidade, justiça, generosidade e respeito a pessoas, animais e ao meio ambiente.
O órgão que regula publicidade considerou que o trailer teria cenas de "não-urbanidade", "ausência de boas maneiras e ato violento ou inseguro", em razão de uma cena em que a criança quebra a cabeça da boneca.
A proibição durou dias até o próprio Ministério da Justiça e Segurança Pública definir, de uma vez por todas, a classificação etária: 12 anos.
Assunto de adulto
Outra polêmica foi ainda mais grave do outro lado do mundo: a exibição do filme foi barrada no Vietnã.
Segundo explicou o G1, a vedação do governo vietnamita se deu porque um mapa ilustrado que aparece no filme teria mostrado como sendo da China regiões no mar ao sul do país que são reivindicadas pelo Vietnã. A área com fundos de reserva de petróleo é reivindicada pelos chineses como sendo mar territorial do país.
O mapa do filme inclui uma "linha de nove traços" em forma de U que é usada em mapas chineses para ilustrar suas reivindicações sobre as áreas, incluindo faixas do que o Vietnã considera sua plataforma continental, onde concedeu concessões de petróleo.
"Barbie" é o último filme a ser proibido no Vietnã por retratar a controversa linha de nove traços da China, que foi repudiada em uma decisão de arbitragem internacional de um tribunal de Haia em 2016. A China se recusa a reconhecer a decisão.