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STJ manda juiz que queria esperar trânsito em julgado cumprir decisão

Ao dar cumprimento a ordem, o juiz de primeiro grau proferiu decisão determinando a suspensão do trâmite processual até o trânsito em julgado do acórdão do STJ.

24/5/2023

Nesta quarta-feira, 24, a 3ª seção do STJ mandou juiz de Curitiba/PR cumprir integralmente decisão da Corte. Magistrado teria descumprido decisão sob o fundamento de aguardar o trânsito em julgado.

O caso trata de concessão de habeas corpus a fim de anular procedimento criminal desde a ocasião em que foram configurados os pressupostos objetivos para a propositura de acordo de não persecução penal pelo MP.

Ao dar cumprimento à ordem do STJ, o juiz de primeiro grau proferiu decisão determinando a suspensão do trâmite processual até o trânsito em julgado do acórdão da Corte.

Diante disso, a defesa acionou o STJ alegando que o juiz condicionou o integral cumprimento da ordem ao trânsito em julgado do acórdão, e tão somente determinou "a mera suspensão da ação penal" da causa principal.

Juiz condicionou cumprimento de decisão do STJ ao trânsito em julgado.(Imagem: Flickr CNJ)

Em seu voto, ministra Laurita Vaz ressaltou que a Constituição e o Regimento Interno do STJ visam garantir a preservação da competência do STJ e a autoridade de seus julgados, no caso de descumprimento ou, é claro, o cumprimento parcial do decisum.

Para a ministra, relatora, a determinação do magistrado de primeiro grau é manifestamente ilegal, pois equivale a conferir efeito suspensivo a uma ordem mandamental de tribunal de superposição.

S. Exa ainda ressaltou que essa hipótese não é contemplada no ordenamento jurídico.

"Em caso, a eventual oposição de embargos de declaração ou interposição de recurso extraordinário contra ao acordão desta Corte, não tem o efeito que ele pretende dar em sua decisão."

Assim, julgou procedente pedido para ratificar decisão liminar em que fora determinado ao juízo reclamado que desse mediatamente integral cumprimento à ordem de habeas corpus, concedida em agravo concluído em 7 de março de 2023.

A decisão da seção foi unânime.

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