Migalhas Quentes

O explosivo caso Roberto Jefferson

Após proferir ofensas inenarráveis contra a ministra Cármen Lúcia, o indigitado, que deveria voltar ao regime fechado, recebe a polícia a tiros e granadas.

24/10/2022

O fim de semana foi explosivo. Inicialmente, na sexta-feira à noite, o ex-deputado Federal Roberto Jefferson, que cumpria prisão domiciliar, fez um vídeo com ofensas contra a ministra Cármen Lúcia. 

No sábado, o ministro Alexandre de Moraes determinou a volta do indigitado ao regime fechado. A PF foi à casa dele no interior do RJ para cumprir o mandado, mas foi recebida a tiros e granadas. 

Como se não bastasse, o presidente da República, numa mensagem dúbia (criticando o réu e o STF), diz que mandou o ministro da Justiça ir ao local para “acompanhar”. 

Depois de uma longa negociação, cheia de erros policiais (pessoas estranhas entrando na casa e alterando o cenário), a noite ia caindo. 

Ao que parece, a demora no cumprimento da ordem era proposital, pois, como se sabe, não é possível entrar na casa à noite. 

Lobrigando a insólita situação, o ministro Alexandre expediu nova decisão, determinando o cumprimento a qualquer hora, diante do estado de flagrância pelos tiros feitos contra os policiais, e advertindo que eventual demora poderia caracterizar crime de prevaricação. 

Foi o que bastou para tudo se acabar. 

O presidente da República tentou se descolar do episódio, mas tudo em vão, pois Roberto Jefferson é um dos alimentadores da tropa presidencial, seja com apoio parlamentar, seja com discursos contra-sistema.    

(Imagem: Reprodução/Facebook PTB)

Ao final, surgiu um vídeo gravíssimo, de um policial, durante as negociações, confraternizando com o preso, e ainda fazendo crítica aos colegas de corporação (“são da inteligência, não sabem nem o que é isso, são burocráticos”). Vão dizer, claro, que faz parte da técnica de negociação, mas é tudo história para boi dormir, com o perdão do trocadilho.

 

Não fosse um preso de estimação presidencial, teria sido “grampeado” na hora e levado no camburão. 

Trocando em linguagem que o bandido deve entender: depois da trombadaça, o malaco ficou de cascata, o que mais parecia um arreglo (“é olho de vidro, ôta”). E isso, mesmo após soltar o dedo nos Papa Fox, e deixar a viatura do IML cheia de azeitona. E o majura, combinado com o Papai-grande, não deixou colocar bracelete na ida do cadeiero pro colégio.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Leia mais

Migalhas Quentes

Associação de delegados da PF repudia ataques de Roberto Jefferson

23/10/2022
Migalhas Quentes

Moraes revoga domiciliar e determina prisão de Roberto Jefferson

23/10/2022
Migalhas Quentes

Roberto Jefferson recebe PF a tiros em sua casa

23/10/2022
Migalhas Quentes

OAB solicita abertura de processo ético contra Roberto Jefferson

22/10/2022
Migalhas Quentes

No STF, ABJD pede revogação da prisão domiciliar de Roberto Jefferson

22/10/2022
Migalhas Quentes

Simone Tebet repudia ataques contra a ministra Cármen Lúcia

22/10/2022
Migalhas Quentes

700 advogadas se solidarizam com a ministra Cármen Lúcia por ofensa

22/10/2022

Notícias Mais Lidas

Juíza compara preposto contratado a ator e declara confissão de empresa

18/11/2024

Escritórios demitem estudantes da PUC após ofensas a cotistas da USP

18/11/2024

PF prende envolvidos em plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

19/11/2024

Moraes torna pública decisão contra militares que tramaram sua morte

19/11/2024

TST afasta penhora de imóvel usado como residência familiar

18/11/2024

Artigos Mais Lidos

ITBI na integralização de bens imóveis e sua importância para o planejamento patrimonial

19/11/2024

Cláusulas restritivas nas doações de imóveis

19/11/2024

A relativização do princípio da legalidade tributária na temática da sub-rogação no Funrural – ADIn 4395

19/11/2024

Quais cuidados devo observar ao comprar um negócio?

19/11/2024

Estabilidade dos servidores públicos: O que é e vai ou não acabar?

19/11/2024