Ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a instauração de procedimento administrativo sigiloso para apurar vazamento de informação sobre quebra de sigilo bancário do assessor da presidência tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid. A decisão também determina que o delegado de Polícia Federal Fábio Alvarez Shor preste informações sobre o ocorrido.
As informações noticiadas pela imprensa dizem respeito à quebra de sigilo do assessor no âmbito de investigação sobre transações consideradas suspeitas pela PF no gabinete do presidente da República. De acordo com a decisão, as reportagens sobre o assunto devem ser juntadas ao procedimento administrativo, assim como todas as informações relativas à comunicação das decisões proferidas à PGR.
O ministro Alexandre quer, ainda, que o delegado da PF que atua no processo preste informações sobre os fatos noticiados, especificamente quanto ao acesso, no âmbito policial, às decisões e aos relatórios produzidos na ação que tramita em sigilo na Corte. No mais, a decisão determina que seja informado os nomes de todos os policiais Federais que têm conhecimento dos assuntos investigados.
Leia a íntegra da decisão.
Entenda
Nesta terça, 28, Bolsonaro atacou o ministro Alexandre de Moraes durante sua live semanal. O presidente comentou a decisão do ministro que determinou a quebra do sigilo bancário do assessor da presidência tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, após as despesas da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, serem divulgadas.
"Alexandre, você mexer comigo, é uma coisa. Você mexer com a minha esposa, você ultrapassou todos os limites. Você está pensando o que da vida? Que você pode tudo e tudo bem? Você um dia vai dar uma canetada e me prender? É isso que passa pela sua cabeça?"
A quebra de sigilo foi determinada pois, segundo reportagem da Folha de S.Paulo, material analisado pela PF indicou movimentações financeiras para pagar contas pessoas da família e de pessoas próximas a Michelle.