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Após demissão do marido, mulher com câncer volta ao plano sem carência

Juiz pontuou que a extinção do benefício não pode ocorrer contra usuário que esteja em tratamento de doença grave.

7/7/2022

O juiz de Direito Trazibulo José Ferreira da Silva, da 2ª vara Cível de São Miguel Paulista/SP, determinou a continuidade do tratamento de câncer de mulher que havia perdido direito ao plano de saúde empresarial após a demissão do marido. Magistrado concluiu que a falta de cobertura colocaria a consumidora em situação de risco de dano irreparável ou de difícil reparação.  

Consta dos autos que a mulher, em tratamento de doença grave, era dependente do esposo em plano de saúde empresarial. Ocorre que, após demissão de seu marido, o casal teve o cancelamento da continuidade do plano, o qual era custeado pela ex-empregadora.

Ao analisar o caso, em caráter liminar, o magistrado pontuou que embora a legislação permita a continuidade da cobertura assistencial apenas em casos de continuidade de pagamento das mensalidades pelo consumidor, o caso comporta exceção uma vez que a beneficiária está em tratamento de doença grave. 

“A extinção da avença não pode atentar contra o usuário que esteja em tratamento destinado a restabelecer a sua higidez comprometida por fato que antecede a mencionada extinção.”

Magistrado asseverou que a falta de cobertura colocaria a consumidora em situação de risco de dano irreparável ou de difícil reparação.

Nesse sentido, o juiz determinou que a operadora reestabeleça o serviço de saúde oferecido, nas mesmas condições de cobertura que gozava quando da vigência do contrato, independente de restrições relativas a prazo de carência.

O advogado Gustavo de Melo Sinzinger, do escritório Sinzinger Advocacia, atua na causa.

Operadora deve manter mulher em tratamento de câncer no plano de saúde. (Imagem: Pexels)

Leia a liminar.

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