Em petição à Justiça Federal em Brasília, o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira requereu o arquivamento de um inquérito sobre um possível mandante e financiador no caso dos hackers que interceptaram mensagens trocadas entre o ex-juiz Sérgio Moro e ex-integrantes da força-tarefa da Lava jato. O pedido foi justificado pela "inexistência de linha investigativa hábil a comprovar a hipótese criminal".
O inquérito trabalhava com a hipótese de suposto envolvimento do ex-ministro Palocci como "possível financiador". A PF pediu o arquivamento apontando que rol de diligências não foi capaz de comprovar tal linha investigativa.
Testemunhas também não teriam corroborado a hipótese. Além disso, o parecer da Procuradoria diz que não foram identificadas conversas no nome do ex-ministro no material apreendido na Operação Spoofing, "indicando que não ocorreu participação".
O documento foi enviado à 10ª vara da JF/DF no dia 12 de abril.
Leia a íntegra da manifestação do MPF.
A manifestação do MPF/DF narra, ainda, que foram empreendidas diligências no sentido de identificar possíveis pedidos de invasão ou direcionamento das atividades praticadas pela organização criminosa denunciadas na Operação Spoofing.
Segundo o procurador, em julho de 2021 a PF concluiu que "não foi possível identificar um agente que tenha requerido aos réus que iniciassem ou continuassem as invasões aos dispositivos sob o fornecimento de qualquer tipo vantagem ou promessa de fornecê-la".