Givaldo Alves de Souza, homem que ficou conhecido como “mendigo de Planaltina”, decidiu buscar a Justiça para que a advogada e influencer Deolane Bezerra explique stories publicados no Instagram em que chama Givaldo de “nojento”. Nas redes sociais, Deolane comentava o caso em que o morador de rua teve relações sexuais com uma mulher em surto psicótico.
"Meu deus, eu tô com ranço de entrar na internet e vê esse mendigo. Que Deus me perdoe, Senhor. E esse monte de mulher dando atenção para esse cara nojento. Olha, afê. Pelo amor de Deus, gente. Para. Eu, heim? O povo tratando o cara como se ele tivesse salvado alguém de [sic] da morte. O cara ajudou a afundar uma mulher e as outras mulheres ainda em cima, dando beijo, abraço, fazendo tatuagem. Ajuda, né?"
Na inicial, a defesa do morador de rua diz que a advogada possivelmente cometeu calúnia, difamação e injúria. Na Justiça, Givaldo Alves quer que Deolane se explique “para aclarar as equivocidades e dubiedades das manifestações objurgadas e possibilitar ao Interpelante o justo exercício de ação penal privada em desfavor da Interpelada pelos possíveis delitos de calúnia, difamação e injúria”.
A ação foi proposta na 1ª vara Criminal de Tatuapé/SP e a causa tem valor de R$ 1 mil.
- Processo: 1004358-98.2022.8.26.0008
O caso
Na noite de 9 de março, câmeras de segurança filmaram agressões sofridas pelo morador de rua Givaldo Alves. A agressão foi cometida pelo personal trainer Eduardo Alves, após flagrá-lo tendo relação com sua mulher, no carro dela.
Tanto a mulher quanto o morador de rua teriam dito que a relação foi consensual. Já o marido, Eduardo, diz ter pensado que a mulher sofria violência sexual, e que a esposa estaria em surto psicótico. Após o ocorrido, a mulher teria sido encaminhada a clínica psiquiátrica.