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André Mendonça não é primeiro evangélico no STF, critica pastor

Religioso afirma que falas de Bolsonaro e seu indicado são mentirosas e não passam de ideia construída para agradar a um grupo.

7/12/2021

Sob o clichê de “terrivelmente evangélico”, foi intensa a campanha pelo ingresso do religioso André Mendonça para integrar a Suprema Corte. Mas, diferentemente do que muitos acreditam, ele não foi precursor deste feito.

André Mendonça não é primeiro evangélico no Senado.(Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Em um texto publicado na internet, o pastor batista Ariovaldo Ramos, e a jornalista e crente batista Nilza Valeria Zacarias, ambos coordenadores da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, fazem críticas ao indicado de Bolsonaro e à bandeira levantada que sugeria ser ele o primeiro representante dos evangélicos a compor o STF.

Ao reproduzir fala do próprio Mendonça, de que “nunca os evangélicos chegaram tão longe”, os autores afirmam que a indicação do pastor presbiteriano não passa de uma ideia construída pelo presidente da República para agradar a um grupo religioso, “que ele faz parecer hegemônico”, e que não passa de “mais uma mentira”. “Mentira de Bolsonaro e mentira de André Mendonça."

O primeiro ministro evangélico no STF teria sido Antônio Martins Vilas Boas, mineiro, membro da Primeira Igreja Batista em Belo Horizonte, onde era diácono e professor da Escola Bíblica Dominical. Depois de suas atuações como advogado, foi desembargador do TJ/MG em 1946, e, em 1957, foi nomeado ministro do Supremo pelo presidente Juscelino Kubitschek. Quem discursou em sua posse foi Tancredo Neves. Ele permaneceu no STF até 66, quando foi pego pela compulsória.

No texto publicado no último sábado, 4, os religiosos fazem duras críticas ao governo atual, e lembram que o ministro Vilas Boas não foi escolhido por ser evangélico.

"Em um país imponente por seu tamanho e relevância, querem nos reduzir a nada, querem apoio de juízes e ministros para que seja possível comprar armas, e não feijão."

Eles destacam que o Jornal Batista, o veículo de comunicação oficial da Igreja Batista, da qual Antônio fazia parte, quando noticiou a nomeação do ministro Vilas Boas, "não celebra por ser um dos nossos no poder. (...) Não pede nada, não bate no peito para dizer que chegamos longe." E concluem dizendo que "quem chegou depois, dizendo que chegou antes, chegou usurpando um lugar na história".

(Imagem: Reprodução)
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