Nesta sexta, dia 19 de novembro, se comemora o Dia da Mulher Empreendedora. A data foi criada pela ONU em 2014 e representa um dos grandes transformadores sociais no mundo. No mercado jurídico, a presença de mulheres empreendedoras está em constante ascensão. Mas a representatividade parece não ser, ainda, proporcional.
Em 2020, o número de empreendedoras por necessidade no país aumentou em 40%, de acordo com dados da Rede Mulher Empreendedora. Isso significa que, mesmo com a crise causada pela pandemia e todo preconceito do mercado para com profissionais femininas, sobretudo no meio jurídico, as mulheres encontraram no empreendedorismo a possibilidade de obter renda e garantir o sustento da casa e da família.
Para a advogada Cybelle Campos, sócia de Moraes Jr. Advogados, o tema ter ganhado força no mercado, inclusive no meio jurídico, é a prova da competência e dedicação de mulheres, que assim como ela, são responsáveis por um negócio.
“Tenho percebido nos eventos que a área do Direito de Insolvência e Recuperação Judicial, em que me especializei, tem elevado a participação feminina nos últimos anos. Esse também é um tema que tem ganhado certo destaque no meio jurídico no geral, por se tratar de um ambiente ainda muito preconceituoso e majoritariamente masculino.”
Na OAB, o número de mulheres inscritas já ultrapassa o de homens. Na última atualização, em abril deste ano, o número de advogadas era de 610.369, e de advogados, 610.207. É a primeira vez na história que as mulheres representam a maioria dos profissionais da advocacia brasileira. Ainda assim, a seccional paulista, por exemplo, nunca teve presidente mulher.
Mesmo sendo maioria nas universidades, entre os associados das bancas e nas equipes jurídicas corporativas das maiores empresas do Brasil, as mulheres ainda não possuem a representatividade proporcional nos quadros societários dos escritórios mais admirados, onde sete em cada dez sócios são homens, segundo rankings do Análise Advocacia. Mas caminham para mudar esse cenário.
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