Nesta segunda-feira, 25, o Procon/SP notificou a rede de lojas de roupas Zara para que ela preste informações a respeito da política de identificação de “clientes suspeitos” - pessoas que trabalharam na empresa afirmaram que eram orientadas a identificar clientes com estereótipos “fora do padrão” da loja.
Nos últimos dias, a imprensa divulgou reportagens relatando condutas da Zara que variavam de acordo com os clientes. Uma delegada, que é negra, contou que foi barrada na loja por estar tomando sorvete e sem máscara, mas vídeos divulgados pelos investigadores mostram que clientes brancos entraram na loja sem o acessório, no mesmo dia, e puderam permanecer na Zara.
Explicações
A empresa também deverá informar sobre política de treinamento aplicada aos seus colaboradores e demonstrar quais medidas adota em relação a conscientização, prevenção, programas de diversidade, inclusão e combate ao racismo e a discriminação de qualquer gênero. A Zara também deve indicar os mecanismos de segurança e vigilância utilizados em sua rede de lojas.
Ainda sobre caso específico apresentado nas reportagens a empresa deverá prestar esclarecimentos sobre as providências tomadas junto aos funcionários e colaboradores que realizaram a abordagem, bem como para posterior assistência à cliente.
A empresa deverá encaminhar resposta ao Procon/SP até 27/10.
Informações: Procon/SP.