"- Doutor. Só para entender. Agora o senhor vai falar mal dos profissionais e da defesa como um todo?
- Eu estou cagando se o senhor está se ofendendo.”
O diálogo nada amigável acima aconteceu nesta terça-feira, 19, durante sessão do Tribunal do Júri de Curitiba. O promotor se pronunciava quando citou a defesa. O advogado não gostou e questionou as palavras.
“Esse é meu palavreado, meu vocabulário. Estou cagando se o senhor se ofendeu ou não”, respondeu.
Assista a cena.
"Vai pro inferno"
Algumas cenas como essa tem tomado repercussão nos dias atuais. Um exemplo disso foi uma audiência da 12ª vara do Trabalho de Vitória/ES terminou com discussão entre juiz e advogado. Ambos tratavam de possível acordo trabalhista, mas, ante a ausência da requerente, o juiz José Roberto Ferreira de Almada acabou determinando o arquivamento do processo, o que causou indignação no advogado, gerando o bate boca. “Vai pro inferno!”, diz o juiz.
Gritos
Mais um caso polêmico aconteceu durante uma audiência virtual. No RN, após o advogado de um réu informar que ele responderia apenas as perguntas da defesa, a juíza do caso se exaltou, negou o direito ao silêncio parcial, bateu na mesa e encerrou a transmissão.
"Ou ele exerce o direito ao silêncio completamente ou então ele vai responder as perguntas do juízo e do Ministério Público."
Em seguida, o advogado tenta argumentar que a jurisprudência dos Tribunais Superiores admite o silêncio parcial do réu, momento em que a magistrada começa a se exaltar.
Os dois discutem, ela pede para o causídico "baixar a voz" e dá um forte tapa na mesa.
Não deu atenção
"Rapaz, eu já te falei, você fala o que você quiser. Está gravando aí, eu não estou nem prestando atenção no que você está falando, estou trabalhando em outro processo aqui."
Assim disse o juiz de Direito Francisco Marcos Batista, da vara do Tribunal do Júri de Guará/DF, a um acusado durante audiência virtual.
Veja o vídeo aqui.