Uma advogada de MG, conhecida por ter formulado pedido de permissão a Bolsonaro para concorrer à vaga de ministra no STF, enviou ofício a deputados, senadores e ao presidente para que concedam a ela 24 meses como ministra do Supremo.
Ao final desse período, a advogada requer uma avaliação onde será decidido se prossegue no cargo ou não.
Desta vez, a causídica de 44 anos ressalta que não possui militância partidária, não conhece nenhuma autoridade governamental e respeita todas as lideranças que governam o país.
Fabiana Rocha Marques já alegou anteriormente ter reputação ilibada e notável saber jurídico, requisitos que, segundo ela, são necessários à vaga. No novo ofício, a advogada afirma ainda estar ciente de que o cargo é vitalício e, por esse motivo, pede que seja concedida a oportunidade de atuar por 24 meses como um “teste”.
Caso não tenha atingido a expectativa, Fabiana garante que terá a mesma humildade e declinará do cargo.
“Exas., concedam-me esta oportunidade. Deixem-me mostrar o meu trabalho, a minha postura ética, a minha paixão pelo Direito e meu desejo de dedicar parte da minha vida como guardiã da nossa Carta Magna. É o meu pedido a V. Exas: um voto de confiança. Concedam-me 24 meses como ministra do STF e, posteriormente, requer uma avaliação de minha atuação.”
Reputação ilibada e graduação
No pedido, a advogada fundamenta que é a única no país que concluiu integralmente a graduação em Direito em dois anos e seis meses, ou seja, em cinco semestres. O fato, segundo ela, denota seu notável saber jurídico necessário para concorrer à vaga.
Destaca, ainda, que foi aprovada em seu primeiro exame de ordem.
Mais importante do que conhecer as leis, diz, é atuar conforme elas determinam, e colocá-las em prática, o que pretende fazer com maestria.
Quanto à religião, afirma que não é "terrivelmente evangélica". Embora de família católica, defende a laicidade do Estado, “haja vista que acredito que Deus existe em todos os povos, em todas as religiões, sem distinção”.
“A vida é um rio”
Por fim, Fabiana cita no ofício a música “A vida é um rio”, de Raffa Torres, e justifica que a música representa Deus em nossas vidas e que somos todos iguais e estamos juntos, no mesmo barco.
“Para onde vamos, não sabemos. O que importa é que devemos remar esse barco juntos. ‘Não seremos os mesmos jamais, se a gente falar menos e agir mais’.”