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CPI: Dono da Precisa diz que irmãos Miranda mentiram sobre Covaxin

Após ter depoimento cancelado, Francisco Maximiano entregou esclarecimento por escrito em que desmente a versão apresentada pelos irmãos sobre irregularidades.

4/7/2021

O dono da Precisa Medicamentos, o empresário Francisco Maximiano, entregou à CPI da Covid esclarecimento por escrito no qual afirma que os irmãos Miranda mentiram sobre irregularidades apontadas no contrato de compra de 20 milhões de doses da vacina Covaxin. “Escolham a palavra: mentira, ficção, invenção, devaneios desses senhores que vieram depor à CPI”, diz o empresário. 

(Imagem: Pedro França/Agência Senado)

O documento foi apresentado após o empresário ter seu depoimento à CPI desmarcado. Junto com o documento, foi entregue uma apresentação de mais de 12 minutos na qual Maximiano apresenta cinco pontos que demonstrariam que a versão dos irmãos está equivocada.

No ponto central de sua manifestação, o empresário afirma que a “Invoice”, documento que demonstraria a fatura dos serviços e que teria motivado a conversa entre os Miranda e Jair Bolsonaro, só chegou ao ministério da Saúde em 22 de março – dois dias após a conversa entre eles e o presidente, que foi no dia 20.

O servidor do ministério diz que a primeira Invoice recebida por ele, na qual percebeu erros, chegou ao ministério dia 18 – mas o dono da Precisa afirma que os documentos enviados pela sua empresa à pasta da Saúde naquele dia não incluíam este documento, e portanto o contrato não poderia ter sido tratado naquela reunião.

A defesa do executivo é patrocinada pela banca Figueiredo & Velloso Advogados Associados. O advogado Ticiano Figueiredo enviou vídeo no qual reitera que o acesso ao contrato se deu apenas dois dias após a reunião. 

 

Já a assessoria do deputado Luís Miranda reiterou que o documento do tipo Invoice contendo erro com pagamento antecipado foi enviado sim ao ministério no dia 18 de março, via Dropbox – 2 dias antes do encontro com Jair Bolsonaro.

Preço

No mesmo documento, o dono da Precisa fala sobre o preço da Covaxin, e afirma que o TCU já havia analisado a legalidade do contrato firmado pelo governo e a empresa que produz a vacina indiana, descartando a hipótese de sobrepreço. Ele explica que o valor considerado “a mais” inclui impostos, taxas e transportes – e que o valor divulgado pela imprensa de pouco mais de 1,34 dolar como custo da dose era oferecido ao mercado interno, não para exportação.

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