Na última semana, o juiz de Direito Felipe Morais Barbosa, do TJ/GO, serviu de babá durante um Tribunal do Júri. O magistrado cuidou da neta de uma testemunha que não tinha com quem deixar a criança.
Ao Migalhas, o juiz afirmou que não fez nada além da sua obrigação - sua preocupação foi tirar a menina Isadora, de apenas 4 anos, do contexto pesado de um Tribunal do Júri, em que há pessoas armadas, algemadas e sendo interrogadas de forma incisiva. “Não queria que a Isadora presenciasse a avó dela sendo submetida a uma série de perguntas”, registrou.
O juiz chamou atenção para o fato de que casos como esse “não são extraordinários”. Apesar de salientar os avanços nas varas criminais e da infância e juventude, Felipe Morais explica que é necessário que o fórum tenha servidores capacitados e locais estruturados para abarcar pessoas desvinculadas de processos, “como a Isadora, que era somente acompanhante de uma testemunha”.