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"Vale a pena a luta", diz juíza sobre mulheres no Judiciário

Para a juíza de Direito Carolina Moreira Gama, do Anexo da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, ocupar o cargo de magistrada vai além de exigência de igualdade na CF.

8/3/2021

A juíza de Direito Carolina Moreira Gama, do Anexo da Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, de Ribeirão Preto/SP, concedeu entrevista ao Migalhas para falar dos desafios enfrentados na magistratura sob o ângulo do gênero feminino. 

(Imagem: Arte Migalhas)

Para a magistrada paulista, sua função na Justiça tem a ver com a necessidade de se conectar, se identificar e compreender as dores das jurisdicionadas que atende.

"Ocupar o cargo de juíza mulher diz muito mais do que apenas cumprir com exigência formal da Constituição, de igualdade.”

Necessidade de se provar

Carolina Gama apontou os desafios enfrentados pelas mulheres na magistratura, observando que as dificuldades são muito mais específicas do que quando comparadas ao gênero masculino.

“Estamos num lugar em que temos que romper com alguns conceitos pré-concebidos, com algum machismo, com alguma desconfiança. E acredito que isso não é só um desafio meu, mas também de outras mulheres que tem cargos de chefia e que estão também na mesma dificuldade, na mesma necessidade de se provar e se fazer ouvir.”

Voz e escuta

Por fim, Carolina deixou uma mensagem encorajadora à comunidade feminina.

“A conta está desigual, a balança ainda está mais para um lado do que para outro, mas é importante insistir, é importante ter voz, ter o seu espaço. (...) Vale a pena sempre a luta, a luta é sempre muito importante, inclusive pelas outras”.

 

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