Nesta quinta-feira, 4, ao finalizar seu voto no julgamento sobre o direito ao esquecimento na área cível, o ministro Toffoli, relator do caso, falou sobre a gravidade do feminicídio no país.
O caso em julgamento versa sobre a exibição da trágica história de Aída Curi, mulher que sofreu tentativa de estupro, seguida de homicídio em 1958. A exibição foi feita pelo antigo programa da Rede Globo “Linha Direta”, que terminava a edição da seguinte forma: “50 anos depois do crime contra Aída Curi, as mulheres são mais ou menos respeitadas?”
Toffoli parafraseou o questionamento e concluiu que tal pergunta, infelizmente, “não poderia ser mais atual”. O ministro citou o caso de Marielle Franco, assassinada em 2018 e outros casos que ganharam repercussão, tais como: Ângela Diniz, Daniella Perez, Sandra Gomide, Eloá Pimentel e, recentemente, a juíza Viviane Vieira “não podem e não devem ser esquecidos”.