Operação da Polícia Federal em parceria com a polícia portuguesa prendeu um suspeito de ter invadido o sistema do TSE durante as eleições do último domingo, 15.
O inquérito policial investiga crimes de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal, Código Eleitoral e na lei das Eleições (9.504/97).
De acordo com a PF, "o inquérito policial aponta que um grupo de hackers brasileiros e portugueses, liderados por um cidadão português, foi responsável pelos ataques criminosos aos sistemas do TSE".
Ataque hacker
Ao explicar sobre o ataque, o ministro Barroso disse que o fato não interferiu em nada na eleição. Segundo o ministro, o acontecimento foi um episódio específico, que aconteceu às 10h41 d0 domingo. O presidente do TSE garantiu que a tentativa de invasão foi bloqueada a tempo, sem conseguir entrar no sistema.
"Houve reação imediata de nossos técnicos. Foi um acesso de várias origens, como o Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia. Esse tipo de ataque se chama ataque distribuído de negação de serviços, que consiste na tentativa maciça de pelo grande número de acessos de derrubar o sistema. Não derrubaram o sistema e, portanto, foi inteiramente inócuo."
Barroso também falou sobre o suposto vazamento de dados de funcionários do TSE. Segundo ele, a Polícia Federal já apurou o caso e descobriu que o vazamento ocorreu antes de 23 de outubro e provavelmente se refere a fatos passados, já que as informações vazadas são de 2001 a 2010.
Barroso enfatizou que as urnas de votação não são conectadas em rede, o que as protege de qualquer tipo de ataque que possa interferir no processo eleitoral.