O ministro do STF Celso de Mello prorrogou por 30 dias o inquérito que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal. De acordo com o despacho publicado nesta segunda-feira, 5, o pedido foi feito pela PF com parecer favorável PGR. Essa é a terceira vez que o decano autoriza prorrogar as investigações por 30 dias.
Relembre
O inquérito foi aberto no final de abril, a pedido da PGR, a partir de declarações do ex-ministro Sergio Moro, que fez a acusação de interferência ao se demitir do cargo. Desde que o ex-juiz fez as acusações, Bolsonaro tem afirmado que não interferiu na PF e que são "levianas todas as afirmações em sentido contrário".
Em setembro, o decano determinou que Bolsonaro deveria depor pessoalmente no inquérito. De acordo com Celso de Mello, o benefício especial de depoimento por escrito aos chefes dos três Poderes aplica-se somente aos casos em que figurem como testemunhas ou vítimas, não na condição de investigados ou réus.
Ainda no mesmo mês, o ministro retirou da pauta do plenário virtual o recurso requerido pelo PGR Augusto Aras para o presidente depor por escrito.
- Processo: INQ 4.831