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Estudo juntado no inquérito de invasão do Instagram de Cleo Pires aponta golpe internacional

Conforme trabalho, não se observou riscos aos dispositivos dos mais de 600 mil seguidores que clicaram no link postado pelo invasor.

30/5/2020

Um estudo técnico foi juntado ao inquérito que apura a invasão no Instagram da atriz Cleo Pires, ocorrida em outubro do ano passado e apontou andamentos importantes na investigação e a descoberta de um novo golpe na Internet.

Realizado por Gabriel Pato, especialista em segurança da Informação, o estudo esclarece os riscos presentes em site postado pelo invasor no Instagram da atriz, e acessado por mais de 600 mil seguidores, o principal objetivo do hacker.

De acordo com o advogado da atriz, especialista em Cibercrimes e Direito Digital, Luiz Augusto Filizzola D’Urso, do escritório D'Urso e Borges Advogados Associados, quando da invasão, o criminoso havia anunciado a falsa doação de mil celulares ao pedir que acessassem um link postado no perfil da atriz para ganhar os prêmios.

O estudo mostra que o mesmo padrão de comportamento foi verificado nas invasões das redes sociais de celebridades como Ludmilla, Marina Ruy Barbosa, Robert Downey Jr. e Jason Momoa.

Gabriel Pato apontou que quando o usuário clicava no link postado pelo criminoso, acessava uma página que estabelecia a realização de alguma tarefa, download ou verificação para que só assim se chegasse ao prêmio anunciado.

O advogado adverte que é tudo um golpe e esclarece: “Na verdade o prêmio inexiste e o seguidor/usuário nunca chegará à página que lhe confere tal prêmio, uma vez que sempre lhe será solicitada a realização de uma nova tarefa, indefinidamente. É pela realização destas tarefas, downloads, verificações ou cliques, que o criminoso obtém sua remuneração”.

Sobre a descoberta deste novo golpe na internet, D’Urso explica que alguns serviços e sites pagam por cliques ou tarefas realizadas em determinados links e estes serviços e sites são absolutamente legais, como também o pagamento pelos cliques, todavia, o criminoso utiliza-se destes serviços para ganhar dinheiro ilicitamente.

“Isto ocorre da seguinte forma, ele invade contas nas redes sociais, cria falsas entregas de prêmios, estimula o acesso a um determinado site e aproveita-se dos cliques/tarefas realizadas pelos seguidores das celebridades invadidas, para ser remunerado, consumando seu golpe. Exatamente o que ocorreu na invasão do Instagram de Cleo.”

Pelo estudo, Gabriel Pato constatou que o criminoso/invasor não tem intenção de atacar ou invadir os dispositivos dos seguidores da Cleo, pois nenhum risco de instalação de vírus, coleta de senhas ou dados pessoais foi encontrado. “O interesse do criminoso está nos cliques e tarefas realizadas pelos seguidores enganados e não em suas contas nas redes sociais, apontou o trabalho.”, destaca.

Por fim, o advogado tranquiliza os mais de 600 mil seguidores de Cleo que clicaram no link postado pelo invasor, pois não se observou riscos aos seus dispositivos.

Veja a petição com a íntegra do estudo.

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