Na tarde desta quarta-feira, 6, o ministro Dias Toffoli abriu a sessão plenária do STF fazendo um registro de repúdio frente às agressões que profissionais da imprensa sofreram no último domingo, 3, enquanto faziam cobertura de uma manifestação política. O presidente da Corte registrou que a democracia foi agredida a democracia e disse: "Sem imprensa, não há democracia".
Toffoli ressaltou a grave crise de saúde pela qual o Brasil passa em razão do coronavírus e disse que agora o momento de harmonia, de equilíbrio e de ação coordenada entre as instituições e os Poderes da República.
Citando a filósofa Hannah Arendt, Toffoli lembrou que “o poder que não é plural é violência” e que, na democracia, as divergências devem ser equacionadas pelas regras do jogo democrático. “As irresignações contra decisões do Supremo Tribunal Federal se dão por meio dos recursos cabíveis, jamais por meio de agressões ou de ameaças a esta instituição centenária ou a qualquer de seus ministros individualmente”, disse.
Por fim, o presidente da Corte reiterou a produtividade do Judiciário, dizendo que estão sendo priorizadas questões relativas à covid-19. O PGR Augusto Aras também se solidarizou com os jornalistas e anotou sua concordância com o registro feito por Toffoli.
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