“Russo deferiu uma busca que não foi pedida por ninguém…hahahah”. A mensagem é de Luciano Flores, delegado da PF alocado na Lava Jato, em fevereiro de 2016, no grupo Amigo Secreto — se referindo a Sérgio Moro pelo apelido do juiz entre a força-tarefa da operação.
Nova reportagem do site The Intercept Brasil, a partir de mensagens enviadas anonimamente, mostram a atuação do então magistrado, sem provocação das partes. Os próprios integrantes da força-tarefa da Lava Jato indicam que a prática de Moro era rotineira:
“Como assim?!”, respondeu Renata Rodrigues, outra delegada da PF trabalhando na Lava Jato. O delegado Flores, em resposta, avisou ao grupo: “Normal… deixa quieto…Vou ajeitar…kkkk”.
A atuação de Moro, no sentido de comandar a estratégia e os detalhes das operações, era visto com naturalidade pela força-tarefa; frequentemente, informa o The Intercept, os procuradores pediam orientações ao então juiz. O procurador Carlos Fernando falou para Deltan em 2015, no grupo PF-MPF Lava Jato 2: “Talvez seja útil uma denúncia contra ele para trazê-lo para a colaboração. Mas precisamos conversar com o Russo e fazer denúncias pequenas e estratégicas.”
- Veja a íntegra da reportagem.
Vazamentos
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