Aos 27 anos, com um salário milionário, o craque do Paris Saint-Germain e da Seleção Brasileira Neymar Jr. virou notícia por uma polêmica fora dos campos: uma acusação de um suposto estupro contra uma brasileira, decorrente de um encontro entre os dois na capital francesa, em 15 de maio.
A jovem Najila Souza registrou boletim de ocorrência. Segundo ela, Neymar a convidou para encontrá-lo na capital francesa e seu assessor entrou em contato para fornecer passagens e hospedagem.
Logo no sábado, 1º/6, o jogador publicou nas redes sociais um vídeo dizendo que a relação entre o casal foi consentida, e apresentou conversas trocadas com a mulher – afirmando que, em verdade, foi vítima de extorsão.
No teor da conversa divulgada foi possível ver fotos íntimas enviadas pela mulher a Neymar via WhatsApp. Neymar, então, passou a responder na segunda-feira, 3, a inquérito policial para investigar a divulgação das fotos íntimas da jovem.
No mesmo dia, o escritório de advocacia contratado pela mulher divulgou nota informando que deixara o caso dois dias antes. Segundo a banca, a cliente havia relatado agressões, e não estupro.
Já na quarta-feira, 5, começou a circular um vídeo de cerca de um minuto de um segundo encontro entre Neymar e a mulher – vídeo este que fez ganhar força a tese de que a história não se passou como a mulher contou.
Também na quarta-feira a advogada criminal Maíra Fernandes, causídica engajada com causas feministas, anunciou que entrou para a defesa do jogador, ao se convencer que o caso tratava de uma “acusação criminal injusta”.
No dia seguinte, o Comitê da América Latina e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, entidade que Maíra integrava, anunciou a expulsão da causídica. A OAB/RJ saiu em defesa da advogada. De acordo com informações da coluna Radar, na Veja, foi aprovada por unanimidade uma moção de apoio à causídica.
Na quinta-feira, 6, a advogada Yasmin Pastore Abdalla – que assumiu após a saída do escritório de advocacia no fim de semana – também deixou de ser defensora de Najila Souza. No lugar, assumiu a sua defesa o advogado Danilo Garcia de Andrade.
“Mauro Naves é um profissional excelente que já fez grandes contribuições ao jornalismo esportivo da Globo, mas há evidências de que as atitudes dele neste caso contrariaram a expectativa da empresa sobre a conduta dos seus jornalistas. Em comum acordo, o repórter Mauro Naves deixará a cobertura de esportes até que os fatos sejam devidamente esclarecidos”, disse Bonner no horário nobre.
Enquanto o caso ainda é investigado, o deputado Federal Carlos Jordy (PSL-RJ) protocolou na Câmara projeto de lei que agrava a pena de denunciação caluniosa de crimes contra a dignidade sexual. Caso o projeto seja aprovado, pessoas que fizerem acusações mentirosas sobre crime de estupro, por exemplo, poderão ter a pena aumentada em até um terço.
O projeto já foi apelidado por internautas de lei “Neymar da Penha”. Segundo o parlamentar, independentemente do nome, o PL 3.369/19 “serve para coibir condutas inconsequentes que podem prejudicar a vida de inocentes”. A verdade é que, contudo, o deputado não gostou nada do nome.