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História de juíza da Suprema Corte dos EUA vira documentário sobre luta pelos direitos das mulheres

“Me tornei advogada quando não queriam mulheres no Direito”, diz Ruth Bader Ginsburg em documentário sobre sua trajetória.

14/5/2019

Quem vê a foto oficial dos integrantes da Suprema Corte dos Estados Unidos pode nem imaginar a difícil trajetória que Ruth Bader Ginsburg trilhou para ter assento no posto mais alto da Justiça norte-americana. Aos 86 anos e sentada ao lado dos companheiros de Corte, RBG se tornou símbolo de força para os direitos das mulheres.

Ruth, a mais conhecida integrante da Suprema Corte dos EUA, teve papel central no combate e na mudança de leis Federais e estaduais que limitavam a atuação das mulheres na sociedade com base no gênero, sob o pretexto de protegê-las.

Estudante de Direito em Harvard - em uma turma que haviam 500 homens para 9 mulheres - a dificuldade de exercer a profissão ultrapassou as salas de aula. Entre 1960 e 1970, RBG não conseguia os mesmos empregos que os homens pelo simples fato de ser mulher, mesmo sendo uma advogada talentosa.

Quando virou professora da Universidade de Rutgers e de Columbia, Ruth começou um projeto para derrubar legislações discriminatórias, tentando provar que partes de leis feitas por homens sobre as mulheres não só as prejudicavam, como também eram nocivas para eles próprios. Este discurso na sociedade conservadora norte-americana da década de 70 causou um reboliço: era considerada uma mulher “difícil” e “encrenqueira” em razão de sua luta.

Em seu currículo, há uma longa lista de conquistas que justificam a posição atual de Ruth: primeira mulher a participar de duas importantes revistas de direito (Harvard Law Review e a Columbia Law Review); co-fundadora o Projeto dos Direitos das Mulheres na União Americana pelas Liberdades Civis; nomeada pelo presidente Jimmy Carter em 1980 como juíza do Tribunal de Apelações dos Estados Unidos; nomeada por Bill Clinton para o cargo de Associada de Justiça da Suprema Corte e, finalmente, ascendida para a Suprema Corte.

Cinema

Atualmente, além de juíza, Ginsburg é considerada um ícone pop pelas importantes falas sobre igualdade de gênero e direito das mulheres. Sua presença lota auditórios e seu rosto estampa canecas, banners e agora estará presente nas telas do cinema.

O documentário “A Juíza”, indicado ao Oscar como melhor documentário e melhor canção original, conta de forma detalhada a trajetória de RBG na busca pelos direitos das mulheres. O longa tem distribuição exclusiva da Flow, distribuidora de impacto cultural focada em um alcance democrático, que faz parte do Alana.

A estreia acontece no dia 23 de maio nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal e Belo Horizonte. De 23 a 26 de maio, em todas as sessões do filme, a entrada será de graça. Confira os locais das sessões:

Quem não mora nas cidades que receberão o longa, também poderá assisti-lo: no dia 27 de maio, o filme estará disponível para exibições gratuitas, na plataforma Videocamp, para todas as outras cidades.

Veja o trailer:

A gratuidade é um oferecimento da distribuidora Flow, da eQlibri, do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados.

Sabendo a importância da inclusão e da diversidade no mundo jurídico, os escritórios Demarest Advogados; Machado Meyer Advogados, Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados; Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados, BMA – Barbosa, Müssnich, Aragão AASP - Associação dos Advogados de São Paulo fazem parte da rede de impacto que apoiam a produção cinematográfica.

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