Brasil e China
Câmara fecha acordo com Parlamento chinês
Para oficializar o acordo, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, recebeu a visita do presidente do Comitê Permanente da Assembléia chinesa, Wu Bangguo. "O memorando oferece aos parlamentos perspectivas claras de cooperação", declarou Aldo. "Brasil e China têm o desafio comum de servir de equilíbrio e de referência para o mundo", acrescentou.
Responsabilidades
De acordo com o convênio firmado, Brasil e China concordam com as seguintes funções e responsabilidades:
- Trocar impressões sobre as relações bilaterais e assuntos importantes da agenda internacional e regional de interesse comum;
- Promover e organizar trocas de visitas de alto nível entre os dois parlamentos;
- Organizar e coordenar trocas de visitas, seminários e outras formas de intercâmbio entre comissões especiais, grupos de amizade e órgãos de trabalho das duas partes;
- Prestar apoio e serviços de consultoria para delegações das duas partes durante seus encontros e consultas em conferências internacionais; e
- Promover a troca de publicações, em particular sobre o desenvolvimento da democracia e respectivos sistemas jurídicos, de forma a fortalecer as comunicações, ampliar o conhecimento mútuo e possibilitar o aproveitamento das experiências úteis.
Países em desenvolvimento
Wu Bangguo — que também visitou o Senado — destacou que o Brasil e a China têm a "responsabilidade" de defender, em conjunto, os interesses dos países <_st13a_personname productid="em desenvolvimento. Além" w:st="on">em desenvolvimento. Além de experiências históricas "semelhantes", observou o parlamentar chinês, os dois países têm visões convergentes sobre temas internacionais.
"Defendemos a democratização das relações internacionais e a constituição de um mundo multipolar, com respeito à diversidade cultural", afirmou o chinês.
Além de defender uma atuação conjunta em defesa dos países em desenvolvimento nos fóruns internacionais, Wu Bangguo elogiou o atual estágio das relações bilaterais. Ele anunciou aos presidentes da Câmara e do Senado, Aldo Rebelo e Renan Calheiros, que a China vai comprar 100 aviões Embraer, além de assinar diversos outros acordos comerciais (a comitiva chinesa inclui 80 empresários).
A decisão ocorre depois de a Embraer montar uma fábrica em território chinês. Segundo informou o presidente da Assembléia Popular, dez aviões da Embraer serão fabricados neste ano na China.
Comércio maior
A presença dos empresários na comitiva sinaliza para outro objetivo do acordo: aumentar o comércio entre os dois países, que em 2005 chegou a 12,7 bilhões de dólares (cerca de R$ 27 bilhões, na cotação atual), segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. "Podemos chegar neste ano, com facilidade, a 20 bilhões de dólares (R$ 43 bilhões)", acredita o embaixador da China no Brasil, Chen Duqing.
América Latina
A intenção de fechar o acordo com o parlamento brasileiro foi anunciada em setembro do ano passado, durante reunião de autoridades legislativas <_st13a_personname productid="em Nova York" w:st="on">em Nova York, e é uma estratégia da China para fortalecer sua participação na América Latina. "O Brasil está na liderança da América Latina", destacou Bangguo.
Além do Brasil, a Assembléia chinesa tem convênios semelhantes com os parlamentos dos Estados Unidos, da Rússia e da União Européia.
Conferência
Wu Bangguo retornou à Câmara nesta quinta-feira para apresentar conferência sobre como reforçar a cooperação amistosa e como promover o desenvolvimento conjunto dos dois países. O evento ocorreu às 10h10, no auditório Nereu Ramos.
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