Migalhas Quentes

STJ: Advogado não tem direito a sala de Estado Maior na execução em 2ª instância

Para 6ª turma, direito à sala de Estado Maior é assegurado na prisão cautelar, e não na execução provisória.

22/2/2018

A 6ª turma do STJ manteve decisão que negou HC impetrado por um advogado contra mandado de prisão que havia determinado a execução provisória de sua pena em cela comum.

Além de sustentar que o entendimento do STF sobre a possibilidade de prisão logo após a condenação em 2ª instância não teria efeito vinculante, o advogado alegou que só poderia se sujeitar a eventual execução provisória da pena, antes do trânsito em julgado do processo, em sala de Estado Maior, por aplicação do artigo 7º, V, do Estatuto da Advocacia.

No HC, a defesa do advogado argumentou ainda que seu estado de saúde exige atendimento médico constante, sendo inclusive obrigado a seguir uma dieta rigorosa e a usar medicamentos controlados. Pelas razões, pediu a suspensão da execução provisória ou a concessão de prisão domiciliar.

Ao analisar, a turma confirmou decisão monocrática em que o relator, ministro Nefi Cordeiro, negou o HC. O ministro aplicou o entendimento pacificado no STF e STJ de que não há ofensa ao princípio da presunção de inocência na decretação da execução após o exaurimento das instâncias ordinárias.

Em relação ao direito à sala de Estado Maior, o ministro destacou que essa questão não foi analisada pelo tribunal de origem, fato que impede a análise da alegação pelo STJ, sob pena de indevida supressão de instância.

Ele destacou, no entanto, não verificar ilegalidade na decisão que determinou a prisão em cela comum, pois, segundo disse, o direito à sala de especial é assegurado apenas na prisão cautelar, e não na execução provisória.

"O deferimento da prisão em sala de Estado Maior ou domiciliar se deu em caráter cautelar, como substituição da prisão preventiva, fase processual em que há presunção de inocência do acusado. Enquanto que a execução provisória da condenação ocorreu após a sentença condenatória, confirmada pelo tribunal de origem no julgamento da apelação, constituindo novo título judicial, no qual houve análise do mérito da questão."

Informações: STJ.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

PF prende envolvidos em plano para matar Lula, Alckmin e Moraes

19/11/2024

Moraes torna pública decisão contra militares que tramaram sua morte

19/11/2024

CNJ aprova teleperícia e laudo eletrônico para agilizar casos do INSS

20/11/2024

Em Júri, promotora acusa advogados de seguirem "código da bandidagem"

19/11/2024

Operação Faroeste: CNJ aposenta compulsóriamente desembargadora da BA

21/11/2024

Artigos Mais Lidos

ITBI na integralização de bens imóveis e sua importância para o planejamento patrimonial

19/11/2024

Cláusulas restritivas nas doações de imóveis

19/11/2024

Estabilidade dos servidores públicos: O que é e vai ou não acabar?

19/11/2024

Quais cuidados devo observar ao comprar um negócio?

19/11/2024

A relativização do princípio da legalidade tributária na temática da sub-rogação no Funrural – ADIn 4395

19/11/2024