Migalhas Quentes

Caso envolvendo liberdade religiosa e discriminação sexual é analisado por Suprema Corte dos EUA nesta semana

Caso internacional pode ser um norteador em decisões semelhantes no Brasil.

6/12/2017

Nesta semana, o complicado caso “Masterpiece Cakeshop Vs. Colorado Civil Rights commission” deu mais um passo em direção à busca de um esclarecimento. Após ouvir os argumentos de uma das partes envolvidas nesta terça-feira, 5, a Suprema Corte dos Estados Unidos ainda precisa discutir qual decisão tomar.

A questão trata de um entrave entre liberdade religiosa e os direitos LGBTs sobre a proibição de discriminação sexual. Em 2012, o confeiteiro Jack Phillips, dono da Masterpiece Cakeshop, com sede no Colorado, se negou a fazer um bolo de casamento para o casal homossexual Charlie Craig e David Mullins com o argumento de que a união entre pessoas do mesmo sexo vai contra suas crenças religiosas. Então, no mesmo ano, o casal apresentou uma queixa ao Colorado Civil Rights Commission alegando que Phillips violou uma lei estadual que proíbe as empresas abertas ao público de discriminar seus clientes com base na raça, religião, gênero ou orientação sexual.

Como o Colorado é um dos estados dos EUA que tem políticas de antidiscriminação, o confeiteiro perdeu o caso e teve que cumprir uma série de exigências a fim de mudar as políticas da empresa. Não satisfeito, Phillips recorreu da decisão arguindo que sua liberdade de expressão e religiosa não foram respeitados, pois a confecção de bolos, para ele, é um ato artístico e criativo. Neste longo trâmite, o caso chegou à Suprema Corte norte americana.

O complicado processo esbarra em uma série de fatores jurídicos. Um dos questionamentos é se o Estado pode impor uma decisão que afeta internamente crenças religiosas pessoais, obrigando o confeiteiro a fazer bolos para outros casais homossexuais. Por outro lado, existem os direitos civis dos homossexuais já amplamente reconhecidos pelos tribunais. Um exemplo é julgamento do caso Obergefell vs. Hodges, em 2015, no qual a Suprema Corte declarou que o casamento homoafetivo não pode ser proibido por um estado.

A administração do presidente Trump se pronunciou sobre o caso apresentando um argumento a favor de Phillips, defendendo os motivos de liberdade de expressão do confeiteiro.

Confira os argumentos do processo.

Veja mais no portal
cadastre-se, comente, saiba mais

Notícias Mais Lidas

Estudantes da PUC xingam alunos da USP: "Cotista filho da puta"

17/11/2024

Escritórios demitem estudantes da PUC após ofensas a cotistas da USP

18/11/2024

Juíza compara preposto contratado a ator e declara confissão de empresa

18/11/2024

Gustavo Chalfun é eleito presidente da OAB/MG

17/11/2024

Concurso da UFBA é anulado por amizade entre examinadora e candidata

17/11/2024

Artigos Mais Lidos

O Direito aduaneiro, a logística de comércio exterior e a importância dos Incoterms

16/11/2024

Encarceramento feminino no Brasil: A urgência de visibilizar necessidades

16/11/2024

Transtornos de comportamento e déficit de atenção em crianças

17/11/2024

Prisão preventiva, duração razoável do processo e alguns cenários

18/11/2024

Gestão de passivo bancário: A chave para a sobrevivência empresarial

17/11/2024