Na manhã desta segunda-feira, 27, foi realizada a abertura solene da XXIII Conferência Nacional da Advocacia Brasileira, que ocorre em SP até o dia 30. Serão 40 painéis, com mais de 250 palestrantes, dezenas de eventos especiais, uma feira jurídica e cultural e debates sobre os assuntos mais importantes da sociedade e da classe.
Logo após, houve uma belíssima apresentação do maestro João Carlos Martins, que após tocar o hino nacional, presentou os presentes com a música “Eu sei que vou te amar”, ao lado da orquestra Camerata Bachiana.
Em seu discurso como anfitrião do evento, o presidente da OAB/SP, Marcos da Costa, destacou o tema da Conferência, que nesta edição é “Em defesa dos direitos fundamentais: Pilares da democracia, conquistas da cidadania”, dizendo que ele não poderia ser mais adequado. Segundo ele, a manifesta tensão vivida pelo país deve evidenciar o papel que a advocacia brasileira sempre exerceu. “Nossa profissão nasceu e se desenvolveu para mudar a pátria.”
Marcos da Costa pontuou que a sociedade clama por mudanças urgentes e está aí a conclamação dos advogados. “A advocacia é uma profissão intimamente ligada à paz social.”
“Vamos lutar pela solidez da nossa união com o fim de restaurar os pilares da democracia e da cidadania. Lutemos valorização da nossa profissão. Sem a advocacia não há justiça e sem justiça decreta-se a morte da própria cidadania.”
Integrante da mesa de abertura do evento, a ministra Cármen Lúcia, ressaltou em seu discurso que garantir os direitos fundamentais de todos os cidadãos deve ser o objetivo de todo a sociedade no Brasil atual, “no qual direitos positivados continuam não sendo observados.”
“No Brasil de tantas diferenças e não poucas dificuldades, os direitos fundamentais precisam ser até mesmo entendidos para serem corrigidos e isso não apenas pelo Estado, mas em sua dimensão horizontal, pela sociedade, com o compromisso de todos os cidadãos.”
A ministra pontuou que o tema “direitos fundamentais” não é apenas de domínio estatal e “um testemunho disso é a OAB que, embora tida como um autarquia especial, “é uma manifestação de uma sociedade viva e defensora de direitos, e lutadora por direitos permanentemente.
“A vida pede compromisso e ação. A Ordem dos Advogados do Brasil, de que fui parte durante 30 anos e se Deus quiser voltarei a ser, oferece espaço mais uma vez para a reafirmação desse que é o seu princípio que une seus fins, de abrir-se a sociedade e de afirma-se com ela, perante o Estado na defesa dos direitos de todos os seres humanos.”
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