A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, denunciou nesta terça-feira, 14, no STF, o ministro do TSE Admar Gonzaga Neto. A denúncia foi oferecida no processo em que Admar foi acusado pela mulher de agressão. O teor do documento ainda não foi divulgado.
Caberá ao ministro Celso de Mello analisar a denúncia. Em 28 de junho, o decano pediu à PGR que se manifestasse sobre o episódio.
Relembre o caso
Em junho deste ano, Élida disse à Polícia Civil do DF ter sido xingada e agredida no rosto pelo ministro durante uma discussão entre eles. No depoimento, afirmou que Admar Gonzaga arremessou um enxaguante bucal no rosto dela e depois a empurrou com a mão. A polícia registrou que o olho da mulher do ministro apresentava lesões de inchaço e rouxidão.
Após a repercussão do caso, Élida fez uma retratação à polícia no mesmo dia em que registrou a denúncia. Ela afirmou que já havia se reconciliado com o ministro, explicando que a briga se deu por ciúmes e que tudo não passou de uma discussão de casal, já superada.
Mas, conforme a lei Maria da Penha, a renúncia à representação só é admitida perante o juiz, em audiência especialmente designada com essa finalidade, antes do recebimento da denúncia e após o MP ser ouvido.