Na sessão plenária desta quarta-feira, 6, os ministros Celso de Mello e Luiz Fux pediram a palavra para fazer considerações sobre os recentes fatos envolvendo áudio de Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS.
O ministro Celso de Mello elogiou a atitude da ministra Cármen Lúcia, que ontem enviou ofício ao MPF e à PF exigindo a investigação dos fatos.
Segundo ele, a necessidade de apuração dos fatos traduz uma exigência não só de ordem jurídica, mas sobretudo de caráter ético, uma vez que as “as graves insinuações” estão impregnadas de elementos que, se não forem cabalmente esclarecidos, culminarão por injustamente expor o STF e os magistrados que a integram “ao juízo severo, ao juízo inapelável e ao juízo negativo da própria cidadania”.
“Em tema tão sensível como esse somente a visibilidade plena poderá legitimar aos olhos dos cidadãos desta República as conclusões da apuração reclamada, cuja eficácia certamente será maior se da tarefa investigatória incumbirem-se em uma atuação harmoniosa e independente essas duas importantíssimas instituições da República, que soa o MPF e a PF.”
Logo após, o ministro Fux pediu a palavra e afirmou que “esses participes do delito que figuram como colaboradores” ludibriaram o MP e degradaram a imagem do país no plano internacional. O ministro sugeriu que eles passassem do “exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”.
“Eles atentaram contra a dignidade da Justiça. Eles revelaram a arrogância dos criminosos do colarinho branco.”
Veja a íntegra do pronunciamento do ministro Celso de Mello.