Palocci foi preso em 26/9 durante a 35ª fase da Lava Jato, deflagrada pela PF. Ele é acusado de atuar diretamente como intermediário dos interesses da Odebrecht, propiciando vantagens econômicas ao grupo em troca de propina.
De acordo com a denúncia, "os pagamentos teriam sido efetuados pelo Setor de Operações Estruturadas das Odebrecht, no qual Antônio Palocci Filho era identificado como "Italiano". Tais pagamentos estariam retratados em planilha apreendida no Grupo Odebrecht de título "Posição Programa Especial Italiano"". O ex-ministro seria o "caixa geral" de acertos de propinas entre o Grupo Odebrecht e agentes do PT.
Moro considerou que "há razões fundadas para identificar Antônio Palocci Filho como a pessoa identificada pelo codinome "Italiano" no Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht".
"Agregue-se a referência feita pelo MPF na denúncia às mensagens eletrônica, datadas de 19/08/2009, trocadas entre executivos do Grupo Odebrecht e nas quais, com o assunto "Palocci acaba de ligar", o contexto mais uma vez indica que "Italiano" seria o interlocutor e que estaria, Italiano/Palocci, na reunião com o então Ministro da Fazenda Guido Mantega e o ex-Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva para defender os interesses do Grupo Odebrecht."
Outros 14 se tornaram réus:
-Branislav Kontic - corrupção passiva e lavagem de dinheiro
-Marcelo Odebrecht - corrupção ativa e lavagem de dinheiro
-Fernando Migliaccio da Silva - lavagem de dinheiro
-Hilberto Mascarenhas Alves da Silva Filho - lavagem de dinheiro
-Luiz Eduardo da Rocha - lavagem de dinheiro
-Olivio Rodrigues Junior - lavagem de dinheiro
-Marcelo Rodrigues - lavagem de dinheiro
-Rogério Santos de Araújo - corrupção ativa
-Monica Moura - lavagem de dinheiro e corrupção passiva
-João Santana - lavagem de dinheiro e corrupção passiva
-João Vaccari Neto - corrupção passiva
-João Ferraz - corrupção passiva
-Eduardo Musa - corrupção passiva
-Renato Duque - corrupção passiva
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Processo: 5054932-88.2016.4.04.7000
Veja a decisão.