Segundo a PF, os mandados desta quinta aprofundam investigações a partir de documentos apreendidos em março, na primeira etapa. Esses documentos teriam indícios de participação de um novo conselheiro do Carf no esquema e de escritórios de advocacia ligados a ele.
Em nota, a PF afirmou que “durante os quase sete meses de investigação em andamento na Superintendência da Polícia Federal no DF, visando apurar a prática dos crimes de advocacia administrativa fazendária, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro, ocorrida em decorrência de negociações escusas realizadas em processo administrativos de interesse CARF, ficou comprovado que Conselheiros e funcionários do desse órgão defendiam interesses privados, em detrimento da União, e ainda, valendo-se de informações privilegiadas, realizavam captação de clientes através de escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia, que ofereciam serviços e facilidades em julgamentos dentro do CARF.”Esquema
A operação Zelotes foi deflagrada no dia 26 de março deste ano, quando 180 policiais federais cumpriram 41 mandados de busca e apreensão nos Estados de SP, CE e no DF.
De acordo com a PF, as investigações, iniciadas em 2013, apontaram que a organização atuava no interior do órgão patrocinando interesses privados, com o objetivo de conseguir a anulação ou diminuir os valores dos autos de infrações da RF.
Apurou-se que servidores repassavam informações privilegiadas obtidas dentro do conselho para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia para que se realizasse captação de clientes e se intermediasse a contratação de "facilidades" dentro do Carf.