Presidente da OAB/RJ diz que ameaça de bomba foi ato criminoso
Octávio Gomes estranhou o fato de a ameaça ter coincidido justamente com o momento em que um grande volume de advogados circulava pela sede da OAB/RJ e considerou de extrema gravidade o ocorrido. Isso porque a entidade sofreu um trauma há exatos 25 anos, quando uma carta-bomba matou a chefe da secretaria da a entidade, Lyda Monteiro da Silva.
“Trata-se, para mim, de um ato criminoso, pois brincar com uma instituição que já vivenciou uma tragédia causada por uma bomba é algo de enorme gravidade”, afirmou o presidente da OAB do Rio de Janeiro. “Quero crer que se tratou de uma tentativa de desestabilizar esses dois eventos e de desmobilizar as pessoas que lá estavam, confraternizando com a atual diretoria”, acrescentou Octávio Gomes, clamando por mais respeito para com a instituição.
A seguir, a íntegra do comentário feito pelo presidente da OAB do Rio de Janeiro, Octávio Gomes:
“Achei uma coincidência muito estranha o fato de ter ocorrido uma ameaça de bomba exatamente no horário em que transitavam pela sede da OAB-RJ mais de 900 pessoas. Tínhamos duas solenidades ocorrendo naquele momento, uma no quarto andar, onde um advogado recebia uma medalha, e outra no nono andar, onde acontecia uma confraternização entre os funcionários e o quadro auxiliar da OAB-RJ, composto de advogados, delegados de prerrogativas, etc. Quero crer que se tratou de uma tentativa de desestabilizar esses dois eventos e de desmobilizar as pessoas que lá estavam, confraternizando com a atual diretoria. Repito: foi uma coincidência estranha que, justamente no horário em que mais de 800 advogados estavam reunidos na OAB-RJ, tenha nos chegado a informação de uma ameaça de bomba. Foi algo muito sério e grave, pois esta é uma instituição que deve ser tratada com respeito. Isso porque já tivemos um trauma muito grande no passado, quando uma carta-bomba matou a chefe da secretaria de nossa entidade, Lyda Monteiro da Silva, há exatos 25 anos. Logo, uma ameaça de bomba é algo muito sério para nós, que já passamos por uma tragédia no passado. Quem transmitiu essa informação falsa agiu com grande irresponsabilidade. Trata-se, para mim, de um ato criminoso, pois brincar com uma instituição que já vivenciou uma tragédia causada por uma bomba é algo de enorme gravidade. Lamento profundamente o ocorrido e clamo para que tenham mais respeito para com a instituição e os advogados que trabalham diariamente em prol da classe e pela cidadania”.
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