As eleições para a nova diretoria do Centro Acadêmico 22 de Agosto, da faculdade de Direito da PUC/SP, já estão acontecendo. A votação teve início nesta quinta-feira, 24, e termina sexta, 25. Neste ano, as chapas concorrentes são UNA, #VemPro22 e Disparada.
História
O centro acadêmico da PUC/SP nasceu em 1947, um ano após a fundação da faculdade. Seu nome só seria escolhido em 1957, quando foi realizada assembleia para discutir o nome da entidade estudantil. Na ocasião, várias propostas foram feitas, inclusive pelo aluno José Ely Vianna Coitinho, que sugeriu o nome "22 de agosto", em homenagem à data de fundação da PUC. Realizadas as votações, esta sugestão sai vencedora.
Entre as décadas de 50 e 60, a importância do 22 cresceu e com ela o engajamento dos estudantes na vida política do país. Esse processo é catalisado nos anos da ditadura militar, com a participação direta dos alunos na resistência direta ao regime, período que chega ao seu ápice, com a formulação do atual estatuto, que apenas foi adequado ao novo CC em 2008.
Os anos 70 são marcados por uma intensa repressão, com o 22 fechado por força do AI-5 e a existência de um Diretório Acadêmico – controlado pela Universidade, que chegou a coexistir com o Centro Acadêmico quando ele foi reaberto no fim dos anos 70, quando da distensão do regime.
O 22 de Agosto foi peça essencial na luta pela redemocratização, por uma nova constituinte e pelo retorno dos exilados. Essa postura combativa lhe custou a destruição da sede pelas forças do regime que invadiram a PUC em 1977.
Nada disso abalou a trajetória do 22 de Agosto que se manteve ao longo dos 80 lutando pela redemocratização – e depois teve intensa participação no movimento “Fora Collor”.
Nos últimos anos, o 22 constituiu sua atual estrutura, criando o atual modelo de Assistência Judiciária – razão da contribuição opcional no valor de 1% das mensalidades para os associados – e foi palco de intensas discussões sobre o futuro da PUC.