Migalhas Quentes

IASP destaca a importância da mulher na advocacia contemporânea

Com a proposta de discutir a atuação da mulher na advocacia, evento serviu de inspiração para todas as mulheres que querem crescer profissionalmente.

11/3/2013

Abrindo o calendário de eventos de 2013, o IASP - Instituto dos Advogados de São Paulo, como tradicionalmente acontece, realizou na última sexta-feira evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher.

Durante a abertura do evento, o presidente do IASP, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro, reforçou a ideia de aumentar o número de mulheres no quadro associativo do Instituto e abrir espaço para assuntos relevantes.

No primeiro painel, a constitucionalista Maria Garcia e a diretora-secretária do IASP Raquel Preto fizeram uma análise crítica do contexto brasileiro e mundial em relação à efetivação dos direitos das mulheres.

Com o lema “Direito a diferença para uma tratamento igualitário”, Maria Garcia defendeu a igualdade entre homens e mulheres em direito e obrigações, ressaltando que a mulher não precisa perder os atributos de feminilidade para ter firmeza e coerência na liderança.

Com dados estatísticos, Raquel Preto apresentou a triste realidade da atuação feminidade no mercado jurídico. Apesar de representar a maioria dos alunos nos bancos universitários, uma minoria ocupa cargos de chefia e liderança nos escritórios de advocacia e departamento jurídicos. Apenas 9% das empresas mundiais são dirigidas por mulheres, sendo que, no Brasil, durante o último ano, as companhias que fazem parte desse quadro cresceram mais de 50%.

Já no segundo painel, quatro advogadas relataram suas experiências e dificuldades de atuar em novos campos da advocacia. Árbitra nas principais câmaras de arbitragem do país, Eleonora Coelho revelou que no cenário mais otimista, 16% do corpo de árbitros da FIESP é composto por mulheres, sendo que no Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá esse número é de apenas 11,2%. Felizmente, simultâneo ao evento ocorria a primeira arbitragem do Brasil composta somente por mulheres. Já na área ambiental, Pricila Artigas, ironiza dizendo que recebeu um 'chamado da natureza'. Por sua afinidade com as árvores do escritório em que trabalhava, na primeira lide dedicada ao meio ambiente, foi a advogada escolhida para atuar no caso. Apesar de não conhecer o setor, acabou se identificando com o tema por sua multidisciplinaridade. Na área do Comércio Internacional, Carla Amaral de Andrade Junqueira Canero é referência em questões de defesa comercial, procedimentos aduaneiros e contencioso internacional. Para encerrar o painel, Camila Araújo, presidente do IBDE – Instituto Brasileiro de Estudos do Direito de Energia, apresentou as grandes oportunidade no setor de Infraestrutura.

No terceiro e último painel, as criadoras do grupo Jurídico de Saias (formado por mais de mil mulheres atuantes no mercado), Josie Jardim e Christina Montenegro Bezerra comentaram a oportunidade da criação do grupo e a importância profissional que ele representa na vida de cada mulher integrante. “Contar com um grupo de networking, com conhecimento do mercado de atuação, faz com que possamos indicar currículos para empresas ou profissionais de recrutamento e seleção. Além disso, podemos nos divertir em conversas sobre os mais variados assuntos, desde uma planilha de excel, até uma indicação de costureira”.

Raquel Preto, José Horácio Halfeld Rezende Ribeiro e Maria Garcia

Eleonora Coelho, Priscila Artigas, Raquel Preto, Carla Amaral de Andrade Junqueira Canero e Camila Araújo

Christina Montenegro, Raquel Preto e Josie Jardim


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Fotos: Felipe Lampe

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