Em 2012, o número de pedidos de falência acumulou crescimento de 15,1% em relação a 2011, de acordo com dados da Boa Vista Serviços S/A. Apenas em dezembro, o número aumentou 6,6% na comparação com novembro do mesmo ano.
Falências decretadas
As falências decretadas, por sua vez, recuaram 32,8% em dezembro em comparação com novembro, mas acumulam crescimento de 8,3% no ano. Sobre dezembro de 2011 o número de falências decretadas cresceu 2,5%. É a primeira vez desde a implantação da nova lei de falências (2005) que o número de falências decretadas no ano supera os decretos do ano anterior.
Recuperação Judicial
Os pedidos de recuperação judicial e o deferimento dos pedidos de recuperação apresentaram forte alta em 2012 na comparação com 2011. A tabela abaixo resume os dados:
Depois de duas quedas anuais consecutivas, em 2010 e 2011, os pedidos de falência voltaram a subir em 2012. A última vez em que houve aumento nos pedidos de falência foi em 2009, no contexto da crise econômica.
Em 2012, os efeitos foram provocados pela desaceleração recente da economia, aliado ao aumento da inadimplência de pessoas físicas e jurídicas e à maior seletividade no nível de concessão de crédito pelos agentes financeiros, pressionando o caixa das empresas e elevando os pedidos de falência e recuperação judicial no período.
Falências e recuperações judiciais por porte das empresas
A tabela abaixo mostra como estão distribuídas as falências e recuperações judiciais por porte de empresa. As micro e pequenas empresas, por exemplo, representam cerca de 82% dos pedidos de falências e 95% das falências decretadas. Utilizamos para a classificação de porte de empresa aquela adotada pelo BNDES e aplicável a todos os setores da economia1.
Falências e recuperações judiciais por Setor
Na divisão por setor da economia, a indústria contribuiu para o maior número nos pedidos de falência em 2012, com 36% dos casos, seguida dos serviços (33%) e do comércio (30%), conforme a tabela abaixo:
Quando observamos separadamente os setores por porte das empresas, percebemos que os pedidos de falência nas micro e pequenas empresas foram maiores nos serviços (35%), enquanto que para as médias e grandes empresas prevaleceram os pedidos de falência na indústria (57%). A tabela a seguir apresenta os números.
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