Crucifixos crucificados
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo o juiz, que não mantém um crucifixo em sua sala, na 2ª Vara de Família e Sucessões do Foro Central de Porto Alegre, diz que os símbolos colocados nas paredes ferem o artigo 19 da Constituição Federal, que veda relações de dependência entre o Estado e as instituições religiosas.
"A liberdade religiosa das pessoas é ferida. A Justiça é para todos"
"Pesquisas mostram que 85% dos próprios católicos são favoráveis à separação entre Igreja e Estado. O que vemos, porém, é que há, sim, uma aliança simbólica. A maior prova é a reação que a Igreja Católica tem quando falo de minhas idéias"
Não está entre os planos do juiz entrar com algum recurso jurídico para combater o uso de símbolos religiosos. Ele pretende, porém, aprofundar a discussão e provocar o debate interno na magistratura sobre o assunto.
O juiz, que leciona antropologia e direito na Escola Superior da Magistratura, não vai participar do 6º Congresso de Magistrados Estaduais, que acontecerá entre 29 de setembro e 1º de outubro em Santana do Livramento.
Nesse período ele estará no Reino Unido. Sua proposta será apresentada por um colega.
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