Tempo e produtividade fazem parte de uma equação que requer cada vez mais a atenção dos gestores. No entanto, um novo fator está incrementando essa lógica, trazendo novos problemas e soluções para as demandas das organizações: a tecnologia. Ela é considerada principal fator para as mudanças trazidas pela geração Y, que chega ao mercado estabelecendo uma nova forma de trabalho. A mentalidade digital dessa mão de obra jovem procura por mobilidade, espaço compartilhado, home-office e a possibilidade de criar seu próprio horário. Nesse processo, o limite entre a vida profissional e pessoal se esvazia, tornando o trabalho presente em todos os horários.
Em pesquisa publicada pela revista Você S/A em julho de 2010, verificou-se que 22% dos entrevistados gastam de duas a quatro horas por dia lendo e-mails ou navegando pela internet, para fins profissionais ou não; 92% destes fazem isso durante o expediente de trabalho. Outro estudo, realizado pelo MIT Sloan School of Management, de 2010, aponta que 53% dos funcionários que navegam na Web durante as jornadas corporativas apresentam menor fadiga mental e maior envolvimento psicológico. A possibilidade de considerar pausas curtas e comedidas que permitam que a mente descanse colaboram para concentração diária mais elevada e consequente aumento de produtividade.
Diante desses novos padrões de comportamento, a dificuldade que surge é a de poder mensurar a produtividade das horas trabalhadas sem interferir na liberdade dos funcionários. De acordo com a pesquisa da empresa de segurança digital Kaspersky Lab, 53% das empresas bloqueiam completamente o acesso às redes sociais enquanto outras que querem manter relação mais próxima com seus funcionários, ainda não sabem como controlar seu uso.
No entanto, a mesma tecnologia que parece dispersar os funcionários vem sendo utilizada por empresas que querem flexibilizar com moderação e oferecer melhores condições de trabalho aos funcionários. Uma dessas soluções é o Strigoi, software para monitoramento de equipes desenvolvido pela TWT INFO, que pode evidenciar a produtividade das pessoas através do monitoramento das atividades que elas realizam. Instalado nos computadores, o software fornece aos gestores informações de quais são os programas utilizados por seus funcionários diariamente, qual a frequência de uso e quanto tempo é gasto na utilização desses programas. Pode indicar, por exemplo, que determinado funcionário usa 25% do seu tempo na internet; 55% em sistema da empresa e outros 20% em programas de edição de texto e planilhas.
O uso do software pode indicar uma pluralidade de profissionais existentes em uma organização, possibilitando ao gestor o desenvolvimento de diferentes ações que permeiem a realidade de diferentes profissionais: desde o profissional workaholic, centrado nas atividades dentro do escritório, até o profissional que prefere trabalhar em casa, mais jovem, e que acima de tudo preza por flexibilidade.
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